Poupança e investimento para combater a seca
“Temos todas as condições para honrar o compromisso de que não vai faltar água na torneira, mas para que isso aconteça temos mesmo de nos esforçar e consumir a menor quantidade possível”, declarou Matos Fernandes, destacando que o primeiro plano de contingência contra a seca, aprovado em julho, já permitiu “agir por antecipação”.
O governante salientou também a contratação, por parte das empresas das Águas de Portugal, de “meio milhão de euros em camiões cisterna para abastecer os pequenos aglomerados”.
“Estamos a consegui-lo [abastecer os pequenos aglomerados populacionais] em Viseu, mas o nosso sucesso é sobretudo o sucesso que resulta da capacidade que os portugueses têm de empenhar-se por usar a menor capacidade de água possível”, alertou.
Nuna outra frente, o titular da pasta do Ambiente referiu que estão a ser investidos, no círculo urbano da água, “cerca de 400 milhões de euros”.
Por si só, pontualizou, “o abastecimento do Alentejo interior neste momento representa um investimento de 40 milhões de euros”, isto porque, recordou, “é uma das zonas do país onde a seca é mais evidente, onde menos chove”.
Segundo avançou o governante, o Governo conta ter já no próximo verão, por exemplo, a ligação da barragem do Alqueva até Mértola a funcionar em pleno, sossegando desta forma um conjunto muito significativo de portugueses.
Matos Fernandes destacou ainda que a “infraestrutura muito robusta de estações de tratamento que estão capazes de tratar água mesmo quando ela tem uma maior quantidade orgânica” e disse que não existe o risco, de momento, de aumentar o preço da água para os consumidores.
Racionamento de água não será necessário
O ministro do Ambiente deixou claro que “não são necessárias medidas restritivas a curto prazo” para a utilização de água, reforçando que a redução de consumo consciente deve continuar a ser o método utilizado para a poupança de água.
“Esta é a nossa proposta e estamos a conseguir ter sucesso, porque estamos a ser cada vez mais bem acompanhados por empresas, autarquias e, certamente, por um conjunto já grande de portugueses”, frisou.
Matos Fernandes disse, a concluir, que as medidas de médio e longo de prazo passam por dragar fundos de barragens, altear o coroamento da barragem de Fagilde e retirar as colónias de jacintos que começam a aparecer devido à menor quantidade de águas nos rios.