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Portugal terá 70% da população adulta vacinada no fim do verão

Portugal terá 70% da população adulta vacinada no fim do verão

Portugal segue à risca o plano de vacinação que foi previamente estabelecido e combinado com a Comissão Europeia, afirmou o primeiro-ministro, garantindo que “sem incidentes ou imprevistos”, no final deste verão, “70% da população adulta portuguesa estará vacinada e imunizada”.

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Portugal terá 70% da população adulta vacinada no fim do verão

Falando ontem aos jornalistas em São Bento, no final da cimeira que efetuou com os líderes europeus por videoconferência, o primeiro-ministro começou por deixar a garantia de que, no final próximo verão, se “não houver qualquer percalço” no processo de distribuição das vacinas que estão “contratualizadas e calendarizadas”, cerca de “70% dos portugueses adultos estarão vacinados”, reafirmando que Portugal está a cumprir escrupulosamente “as metas e o plano de vacinação acordado com a Comissão Europeia”.

De acordo com António Costa, as doses de vacinas que o país semanalmente recebe “decorrem dos contratos definidos pela própria Comissão Europeia”, “em linha com o nosso próprio plano de vacinação”, cujos objetivos, como relembrou, estão “fixados, tendo em conta as doses e o ritmo da sua distribuição”.

Estas garantias deixadas pelo primeiro-ministro vieram aliás reforçar as que, entretanto, tinham já sido ontem anunciadas pelo Ministério da Saúde, de que Portugal terá todas as vacinas necessárias para cumprir o plano de vacinação estabelecido, lembrando que o país já assegurou mais de 31 milhões de doses, “todas as possíveis de serem compradas” tendo em conta a sua população, suficientes para vacinar mais de 18 milhões de pessoas.

Portugal cumprirá calendário

Na conferência de imprensa de ontem, o primeiro-ministro fez ainda questão de lembrar que “há condições que não dependem de nós”, designadamente eventuais atrasos ou contratempos como os que sucederam nas “mudanças em fábricas da Pfizer”, realçando António Costa que, caso não haja incidentes, o calendário definido e contratualizado entre a Comissão Europeia e as diferentes empresas, assim como o calendário de distribuição das vacinas estabelecido para os diferentes países, será escrupulosamente respeitado.

“Isso permitirá que em todos, e também em Portugal, 70% da população esteja devidamente vacinada e imunizada”, frisou.

Quanto ao plano nacional de vacinação, o primeiro-ministro referiu que até agora já foram administradas “um total de 202.150 vacinas”, reiterando que Portugal está preparado para assegurar o “ritmo previsto” de vacinação, designadamente “de todos os utentes e trabalhadores dos lares”, uma operação que se espera esteja concluída “no final da próxima semana”.

Acordo sobre testes rápidos

António Costa anunciou que os líderes europeus chegaram, entretanto, a um acordo – “o primeiro alcançado no período da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia” – para que haja o “reconhecimento mútuo” dos testes rápidos antigénio da Covid-19”, um modelo que “não necessita de equipamento laboratorial”, sustentando o primeiro-ministro tratar-se de um passo determinante para aumentar a “confiança na liberdade de circulação no espeço europeu”, passando a existir uma “metodologia comum por todos reconhecida”.

Quanto à proposta do Governo português para que se produza um certificado comum de vacinação entre os 27 Estados-membros, António Costa referiu a este propósito que a Comissão Europeia já deixou a garantia de que vai analisar a proposta apresentada por Portugal, tendo já anunciado que em breve irá propor “um modelo harmonizado”, uma promessa que não impediu, como também observou o primeiro-ministro, que as 23.277 pessoas que em Portugal já receberam a segunda dose da vacina, “tendo completado o processo de vacinação”, disponham já de um certificado passado pelas autoridades portuguesas.