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Portugal tem toda a logística preparada para receber as vacinas contra a Covid-19

Portugal tem toda a logística preparada para receber as vacinas contra a Covid-19

Desde há meses que Portugal se tem vindo a preparar para, quando a vacina contra a covid-19 for distribuída, não haver nenhum hiato que impeça que a população possa ser vacinada, garantiu no Porto a ministra da Saúde, Marta Temido.

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Portugal tem toda a logística preparada para receber as vacinas contra a Covid-19

Falando ontem aos jornalistas na cidade Invicta, a ministra da Saúde reagiu de forma perentória à questão colocada se Portugal corre o risco de não estar preparado para vacinar a população contra a Covid-19 logo que uma vacina seja aprovada, um cenário que Marta Temido rejeitou de forma categórica, garantindo que “o risco que Portugal corre de não estar preparado é zero”, lembrando a este propósito o “histórico de contactos e decisões do Governo sobre esta matéria”.

Com efeito, e segundo a ministra da Saúde, desde meados do ano que tanto a Comissão Europeia como a Agência Europeia do Medicamento têm vindo a trabalhar também com o Governo português para que, quando a vacina contra a Covid-19 for aprovada, possa ser distribuída de imediato pelos 27 Estados-membros sem nenhum contratempo, salientando Marta Temido que, a exemplo dos restantes países europeus, também Portugal indicou um representante para trabalhar junto das instâncias europeias no processo de aquisição de vacinas.

Para além destas garantias, Marta Temido lembrou ainda que os técnicos estão “há muito tempo” no terreno a identificar os espaços mais adequados para “acomodar o armazenamento das vacinas”, insistindo que Portugal está plenamente preparado para “receber as várias tipologias de vacinas” e proceder rapidamente à vacinação dos portugueses, uma tarefa, como acrescentou, em que o país tem aliás um “histórico de campanhas de vacinação” já muito antigo.

Ainda quanto às questões logísticas, a ministra referiu que os pontos de entrega “já estão há muito decididos”, sabendo-se que “todos os produtores vão fazer a entrega das vacinas nos próprios países”, reafirmando que a “questão do transporte não se colocará” e que o Governo está a trabalhar afincadamente para melhorar a comunicação sobre esta tema, de forma a garantir que as pessoas “percebam exatamente a quem a vacina se destina” e “quais são as condições de quem vai tomar primeiro e de quem vai tomar depois”, estimando que na próxima primavera o plano de vacinação contra a Covid-19 possa estar já a decorrer em todo o país em velocidade de cruzeiro.

Marta Temido chamou ainda a atenção para o eventual excesso de otimismo depositado na vacina, defendendo que deve ser entendida como “mais uma forma de enfrentar esta doença”, sendo por isso recomendável, como aludiu, que se “mantenham todas as medidas de contenção e de segurança enquanto a vacina estiver a ser administrada”.

Um Natal diferente

A responsável pela pasta da Saúde advertiu também que ,por “muito que a situação epidemiológica melhore” com a vacinação, a pandemia não desaparecerá por artes mágicas e só muito dificilmente permitirá que em 2020 possa haver na casa dos portugueses um Natal igual ao dos anos anteriores, alertando a este propósito para a necessária mudança de rotina face aos anos precedentes, voltando a garantir que o Governo está a trabalhar para que o país possa chegar o “melhor possível aos primeiros dias de dezembro”.

Quanto ao desempenho do Serviço Nacional de Saúde neste período de crise pandémica, Marta Temido reafirmou o que há muito vem salientando que o país tem mostrado um assinalável bom senso na forma como tem utilizado e testado a capacidade do SNS, voltando a defender que nesta fase o importante é que o país se “concentre em quebrar as cadeias de transmissão” de forma a poder “conter a doença”.