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Portugal tem de unir-se contra a proposta de Bruxelas

Portugal tem de unir-se contra a proposta de Bruxelas

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, apelou ao Governo, aos eurodeputados e aos partidos da oposição, para que se unam “contra a proposta apresentada por Bruxelas”, que pretende cortar, entre 2021/2027, 15% das verbas da Política Agrícola Comum, sustentando não fazer nenhum sentido que a Comissão Europeia avance com “uma proposta de corte igual a todos os Estados-membros”.

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Para o ministro Luís Capoulas Santos, que falava aos jornalistas em Bruxelas, à margem de um evento sobre “O Melhor de Portugal” na área dos produtos agroalimentares, o país tem de enfrentar unido a proposta da Comissão Europeia que pretende cortar, no quadro financeiro plurianual de 2021/2027, 15% no segundo pilar da Política Agrícola Comum (PAC), sustentando o titular da pasta da Agricultura que só com uma posição conjunta o país poderá chegar ao final destas negociações com um resultado “satisfatório para Portugal”.

O Governo português, garantiu o ministro Capoulas Santos, já manifestou junto das instâncias europeias estar “totalmente contra” a proposta de Bruxelas de poder haver um corte no segundo pilar da PAC, que “financia o desenvolvimento rural”, igual a 15% para todos os Estados-membros, lembrando que os diversos países da União Europeia “recebem montantes diferentes de ajudas”, garantindo que, também por isso, Portugal vai fazer tudo para “reverter esta posição” da Comissão Europeia.

Quase todos de acordo

Entretanto, 15 dos 27 Estados-membros da União Europeia, incluindo Portugal, já vieram criticar publicamente a Comissão Europeia com um documento onde exigem “maior financiamento” para a Política Agrícola Comum (PAC), preparando-se também o Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia, que hoje está reunido no Luxemburgo, para avançar com um pedido junto da Comissão Europeia para que reveja a sua proposta de cortes nas verbas para a PAC.

Para Capoulas Santos, o que faz sentido é que os países da União Europeia, que fazem parte do clube dos contribuintes líquidos, encontrem “um ponto de equilíbrio” em relação aos “beneficiários líquidos”, justificando o ministro da Agricultura que esta desejada harmonia “tem de ser satisfatória para todos”, porque deste processo, como sustentou, “não podem sair nem vencedores, nem vencidos”, seguindo assim o exemplo do que acontece nas “grandes decisões na Europa” em que “todos ganhamos”.