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Portugal tem de aproveitar onda europeia de novos investimentos no setor da Defesa

Portugal tem de aproveitar onda europeia de novos investimentos no setor da Defesa

A Força Aérea Portuguesa não poderá desperdiçar ou de “perder o voo” do novo “impulso no investimento em Defesa que está a ser criado no âmbito da União Europeia e da NATO, defendeu em Évora o ministro Azeredo Lopes, para quem Portugal “não poderá dar-se ao luxo” de passar ao lado desta oportunidade.

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Portugal tem de aproveitar onda europeia de novos investimentos no setor da Defesa

Para o ministro Azeredo Lopes, a importância de que se reveste este novo impulso criado de novos investimentos no âmbito da Defesa nos países da União Europeia e da NATO, é uma oportunidade que o país “não poderá desperdiçar ou dar-se ao luxo de perder”.

O ministro da Defesa Nacional, falava no passado sábado em Évora, na cerimónia integrada nas comemorações do 66º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP), tendo na ocasião referido que o setor aeronáutico e o “projeto da aeronave KC-390” como exemplos da importância do investimento nesta área.

A propósito deste novo projeto aeronáutico do avião KC-390, Azeredo Lopes fez questão de sublinhar a “excelente relação” que existe no trabalho entre o Estado, a FAP, a indústria e as academias, lembrando que neste caso particular, foi a própria Força Aérea Portuguesa quem “criou e infundiu um sentido comum de valor”.

Ainda sobre este este novo avião, o ministro da Defesa Nacional considerou como “fundamental” o papel desempenhado pela FAP no avanço do projeto, recordando que o Estado português está atualmente em negociações com a construtora aeronáutica brasileira Embraer para a “aquisição de cinco aeronaves” que tudo indicara virão substituir os velhinhos C-130 da FAP.

Engenharia portuguesa

Sobre este projeto do novo avião KC-390, Azeredo Lopes lembrou também que ele é o “primeiro programa de aeronáutica” em que a engenharia portuguesa, não só participa ativamente, com mais de “450 mil horas de trabalho” de engenharia desenvolvida em Portugal, como é igualmente o projeto que “incorpora tecnologia nacional”, frisando que o contributo da FAP “foi fundamental para a formulação dos requisitos operacionais e logísticos da aeronave”.

O ministro teve ainda ocasião para se referir ao papel “determinante” empreendido pela FAP, referindo a propósito, as mais de 18 mil horas de voos no cumprimento das mais variadas missões, destacando, designadamente, o transporte de mais de 600 doentes, quer em terra, quer no mar, nas mais de 30 missões de transporte de órgãos ou, ainda, nas 30 missões de busca e salvamento, ações que o titular da pasta da Defesa Nacional considera não se tratar de “missões abstratas”, mas de “missões concretas”, com horas e minutos que fazem da Força Aérea Portuguesa, como assinalou, uma organização fundamental na defesa de “vidas, de pessoas e de famílias concretas”.

‘Cluster’ aeronáutico

A cidade alentejana de Évora, escolhida para as comemorações do 66º aniversário da FAP, lembrou ainda Azeredo Lopes, representa hoje em Portugal um dos polos mais importantes e com maior peso dentro do ‘cluster’ da indústria da aviação, setor que “tem vindo a “florescer” e a conhecer, como referiu, um desenvolvimento ímpar, empregando naquela região do interior Centro do país muitos milhares de trabalhadores.