Portugal reitera ambição para uma década de convergência com a Europa
No seu discurso de encerramento do seminário, que juntou empresários portugueses e finlandeses, o primeiro-ministro recordou que “desde a adesão ao euro, experimentámos a facilidade do juro baixo e provámos também o custo do endividamento”, acrescentando que “sabemos hoje bem que, para podermos ter sucesso no quadro da zona euro, o que temos de fazer”, afirmou o líder do Executivo.
“Queremos fazê-lo não fechando fronteiras, não barrando investimento, mas, pelo contrário, abrindo o nosso mercado ao investimento do capital estrangeiro, assim como queremos ter as fronteiras abertas para as nossas próprias exportações”, disse António Costa.
O líder do Governo reafirmou, ainda, que um dos principais objetivos de Portugal “é ter uma década de convergência continuada e sustentada com a União Europeia”.
Dirigindo-se, sobretudo, aos empresários finlandeses, António Costa salientou que Portugal apresenta “boas oportunidades de negócio, seja na gestão dos recursos florestais, seja na valorização energética desses mesmos recursos florestais”, disse o líder socialista.
Perante o primeiro-ministro da Finlândia, Juha Sipilä, de visita a Portugal, António Costa garantiu que os portugueses sabem que se têm de “concentrar em produzir melhor, com maior valor, prestar serviços e com maior valor acrescentado”.
Educação como motor de desenvolvimento
No encontro organizado pela Embaixada da Finlândia em Portugal e a Business Finland, em colaboração com a AICEP, o primeiro-ministro revelou que Portugal está a seguir o exemplo da Finlândia, nomeadamente no que respeita à aposta na educação e nas qualificações, como instrumentos para uma economia mais competitiva, pelo que “este investimento na educação e nas qualificações é essencial e é a chave para o nosso futuro”, disse António Costa.
A aposta que tem vindo a ser realizada traduziu-se na diminuição do abandono escolar e no aumento do número de estudantes que frequentam o ensino superior, revelou.
Em termos de posicionamento de Portugal ao nível da captação de investimento, o chefe do Governo sublinhou que “entre 2015 e 2017, Portugal teve o segundo maior aumento de investimento direto estrangeiro e o terceiro melhor desempenho das exportações em toda a zona euro”.
Para o primeiro-ministro, “são essas qualificações que nos permitem hoje sentarmo-nos com a Finlândia e juntar empresas dos dois países, portuguesas e finlandesas, para procurar parcerias para o nosso futuro coletivo, como a transição energética, a bioeconomia, a sociedade digital e a sociedade florestal”, declarou o líder do PS.
“Creio que temos aqui uma base sólida onde podemos enraizar uma cooperação frutífera, duradoura, entre Portugal e a Finlândia e entre as empresas portuguesas e finlandesas”, concluiu António Costa.