Portugal reforça do Mecanismo Europeu de Proteção Civil com meios aéreos
Eduardo Cabrita afirmou hoje que Portugal está a trabalhar com a Comissão Europeia “no reforço e aperfeiçoamento” do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
“Portugal, que sentiu de forma tão dura os incêndios florestais no ano passado, defende um reforço do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Temos vindo a trabalhar com a Comissão Europeia no reforço e aperfeiçoamento dos sistemas europeus de apoio”, disse Eduardo Cabrita.
Na sequência dos incêndios florestais de 2017 no sul da Europa, e em particular em Portugal, onde morreram mais de 100 pessoas, a Comissão Europeia apresentou propostas – atualmente a serem negociadas com o Conselho (Estados-membros) – para reforçar o mecanismo de proteção civil, de modo a melhorar a sua capacidade de resposta a catástrofes naturais como os fogos.
O ministro falava aos jornalistas no Aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, de onde partiu um voo da Força Aérea Portuguesa que transporta a equipa da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), constituída por oito elementos, que vai apoiar as missões aéreas de combate a incêndios que assolam a Suécia, na sequência do pedido de ajuda internacional lançado na passada semana.
A ajuda portuguesa consiste na disponibilização de dois aviões médios anfíbios que partiram hoje de manhã do Centro de Meios Aéreos de Vila Real.
“Beneficiando dos meios hoje disponíveis, respondemos ao pedido de apoio do governo sueco. Partiram dois aviões de combate a incêndio de Vila Real e partiu de aqui [Figo Maduro] um avião da Força Aérea que desloca o chefe de equipa, mecânicos e mais de 700 quilos de equipamento que vão apoiar a missão”; disse o governante, sublinhando que “este é um compromisso de solidariedade europeia”.
Também presente em Figo Maduro, o ministro da Defesa destacou aos jornalistas o apoio da Força Aérea Portuguesa (FAP) neste tipo de operações.
“Se a defesa tem condições operacionais e logísticas para apoiar este tipo de operação e à luz daquilo que é uma política muita clara deste governo que é reforçar o envolvimento das FAP neste tipo de situações, este é apenas um exemplo”, disse Azeredo Lopes.
Questionado se este avião da FAP vai ficar na Suécia a acompanhar a missão da ANPC, o ministro da Defesa disse que vai será feita uma avaliação “de acordo com o andamento da situação na Suécia e em Portugal”.
Também presente na partida da missão portuguesa, a embaixadora da Suécia em Lisboa agradeceu o apoio de Portugal, considerando tratar-se de uma “ajuda muito importante” no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Na passada sexta-feira, Portugal informou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil da sua disponibilidade para enviar meios aéreos, humanos e terrestres, para apoiar as operações de combate aos incêndios florestais que atingem, há vários dias, aquele país do norte da Europa.
Na resposta, a Suécia fez saber que aceitava a ajuda portuguesa, tendo solicitado apenas apoio aéreo, refere o MAI.
Por duas vezes este verão, a Suécia pediu assistência a Bruxelas para fazer face às dezenas de incêndios florestais que continuam ativos no país, onde só nos últimos dias arderam mais de 20.000 hectares, tendo os primeiros aviões de combate às chamas (oriundos de Itália) começado a operar na passada quarta-feira.
Os dois aviões médios anfíbios, com capacidade para três mil litros de água cada um, partiram de Vila Real por volta das 10:00 e deverão chegar à Suécia na quarta-feira ao final da tarde.