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Portugal reafirma compromisso com agenda ambiciosa para a economia do mar

Portugal reafirma compromisso com agenda ambiciosa para a economia do mar

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou na quarta-feira, em Nova Iorque, o compromisso de Portugal para manter o desenvolvimento da economia do mar no centro da agenda internacional, tendo anunciado a organização, em 2023, de uma segunda edição do Fórum de Investimento na Economia Azul Sustentável.

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ONU, Painel de Alto Nível para uma Economia Oceânica Sustentável

Intervindo no Painel de Alto Nível para uma Economia Oceânica Sustentável, do qual fazem parte, além de Portugal, países como Noruega, França, Quénia e Estados Unidos da América, o líder do Governo defendeu que a comunidade internacional não baixe o seu nível de ambição sobre o tema, assegurando que “2023 e os anos seguintes continuem a ter o oceano como elemento central da agenda”.

Neste sentido, prosseguiu António Costa, a comunidade internacional deve capitalizar a dinâmica criada no Fórum do Estoril, durante a Conferência dos Oceanos da ONU, que deixou claro que o interesse pelo investimento azul está em alta. “Os compromissos anunciados no Estoril – mais de 10 mil milhões de euros – falam por si”, acrescentou, assinalando que Portugal vai organizar em 2023 uma segunda edição do fórum.

Na sua intervenção, António Costa sublinhou também que este é um trabalho que não se esgota nos Estados e no investimento público. “Soluções sustentáveis requerem apoio público e privado, comprometido e global. O setor privado e as instituições filantrópicas são cruciais para assegurar a transição para soluções descarbonizadas, não poluentes e protetoras da biodiversidade”, acrescentou.

“O nosso objetivo é manter a plataforma aberta, ligando investidores e potenciais beneficiários, permitindo-lhes compreender como podem ter acesso aos financiamentos disponíveis”, afirmou o primeiro-ministro português.

No que respeita a Portugal, António Costa reiterou o forte empenho do país, que tem colocado a economia azul no centro da sua estratégia de desenvolvimento, realçando, entre outras ações de política, o aumento do investimento em investigação, conhecimento e soluções tecnológicas; no esforço de criação de um ecossistema empreendedor e inovador, representando um investimento de 87 milhões de euros e prevendo duplicar o número de startups e projetos de economia azul até 2026; e prosseguindo o investimento em energias renováveis oceânicas, para atingir uma capacidade de 10 gigawatts até 2030.

Austrália, Canadá, Chile, Ilhas Fiji, Gana, Indonésia, Jamaica, Japão, México, Namíbia, Palau e Reino Unido são ainda os outros países que integram o Painel de Alto Nível para uma Economia Oceânica Sustentável, sob a égide das Nações Unidas.

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