Intervindo no Painel de Alto Nível para uma Economia Oceânica Sustentável, do qual fazem parte, além de Portugal, países como Noruega, França, Quénia e Estados Unidos da América, o líder do Governo defendeu que a comunidade internacional não baixe o seu nível de ambição sobre o tema, assegurando que “2023 e os anos seguintes continuem a ter o oceano como elemento central da agenda”.
Neste sentido, prosseguiu António Costa, a comunidade internacional deve capitalizar a dinâmica criada no Fórum do Estoril, durante a Conferência dos Oceanos da ONU, que deixou claro que o interesse pelo investimento azul está em alta. “Os compromissos anunciados no Estoril – mais de 10 mil milhões de euros – falam por si”, acrescentou, assinalando que Portugal vai organizar em 2023 uma segunda edição do fórum.
Na sua intervenção, António Costa sublinhou também que este é um trabalho que não se esgota nos Estados e no investimento público. “Soluções sustentáveis requerem apoio público e privado, comprometido e global. O setor privado e as instituições filantrópicas são cruciais para assegurar a transição para soluções descarbonizadas, não poluentes e protetoras da biodiversidade”, acrescentou.
“O nosso objetivo é manter a plataforma aberta, ligando investidores e potenciais beneficiários, permitindo-lhes compreender como podem ter acesso aos financiamentos disponíveis”, afirmou o primeiro-ministro português.
No que respeita a Portugal, António Costa reiterou o forte empenho do país, que tem colocado a economia azul no centro da sua estratégia de desenvolvimento, realçando, entre outras ações de política, o aumento do investimento em investigação, conhecimento e soluções tecnológicas; no esforço de criação de um ecossistema empreendedor e inovador, representando um investimento de 87 milhões de euros e prevendo duplicar o número de startups e projetos de economia azul até 2026; e prosseguindo o investimento em energias renováveis oceânicas, para atingir uma capacidade de 10 gigawatts até 2030.
Austrália, Canadá, Chile, Ilhas Fiji, Gana, Indonésia, Jamaica, Japão, México, Namíbia, Palau e Reino Unido são ainda os outros países que integram o Painel de Alto Nível para uma Economia Oceânica Sustentável, sob a égide das Nações Unidas.