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Portugal quer liderança europeia na inteligência artificial

Portugal quer liderança europeia na inteligência artificial

Estratégia nacional visa colocar Portugal na liderança europeia da inteligência artificial. O objetivo foi manifestado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

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Portugal quer liderança europeia na inteligência artificial

Colocar Portugal “nas lideranças europeias” do setor da inteligência artificial é um dos principais objetivos da estratégia nacional, afirmou ontem Manuel Heitor. Para isso, segundo o ministro, o país deve estar associado a redes de investigação que agregam instituições científicas, empresas e serviços públicos.

Nesse sentido, é essencial mobilizar toda a sociedade e desenvolver a formação na área digital, porque isso significa “mais e melhores empregos”, defendeu o ministro na sua intervenção no Fórum Nacional das Competências Digitais, que decorreu ontem, em Lisboa.

“Não estamos a falar de transformar todos em engenheiros ou técnicos informáticos”, mas é necessário que o país e os portugueses estejam capacitados para os desafios do futuro em que “todos os sistemas e tecnologias digitais serão diferentes dos atuais” já em 2030, afirmou o governante.

“Precisamos de mais competências”, nomeadamente no domínio da inteligência artificial para “ensinar as máquinas a pensar”, salientou Manuel Heitor, acrescentando que se trata de uma área onde “a Europa está atrasada em relação aos Estados Unidos ou à China”.

Para o ministro, os próximos anos serão decisivos e exigem a participação de todos os cidadãos rumo a uma sociedade mais evoluída no digital, considerou o titular da pasta da Tecnologia, lembrando que este ano o Governo já apoiou projetos na ordem de 4,3 milhões de euros, os quais aliam unidades de investigação a entidades públicas.

A titulo de exemplo dessas parcerias, Manuel Heitor referiu o projeto conjunto do Instituto Nacional de Estatística e da Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito do qual vão ser usados dados sobre estacionamento, vendas de bilhetes de transporte e serviços como a aplicação de trânsito ‘Waze’, por forma a criar modelos de previsão de mobilidade na capital, um serviço que congregará 330 conjuntos de dados diferentes para os pôr ao serviço dos cidadãos.

O ministro avançou ainda o exemplo do projeto que alia a Universidade de Évora e a Guarda Nacional Republicana que pretende criar um modelo de previsão de acidentes rodoviários, com o objetivo de diminuir a sinistralidade no distrito de Setúbal, dando em tempo real as probabilidades de acidentes em determinadas vias rodoviárias.

Manuel Heitor sublinhou que no ano corrente, o Governo apoiou 19 projetos, sendo que, em 2019, deverão ser apoiados mais 19 projetos no âmbito do programa ‘INCoDe.2030’. “A estratégia está já acontecer”, em “total articulação e mobilização” com os parceiros europeus, salientou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.