Portugal quer Agência Europeia do Medicamento em Lisboa
O ministro da Saúde garantiu que Portugal reúne todas as condições para poder albergar a Agência Europeia do Medicamento, num processo que se pretende “sem descontinuidade operacional” ou “desvalorização do capital humano”, garantindo que tudo será feito no sentido de se adotarem os critérios definidos, criando meios e condições de atratividade “não só para os profissionais que trabalham na Agência, mas também para as suas famílias”.
Trata-se, como reconhece o ministro Adalberto Campos Fernandes, de uma operação que deverá “implicar uma logística de muitos milhares de pessoas”, para que a integração dos cerca de 900 trabalhadores se dê sem grandes sobressaltos, lembrando ainda que a agência exige boas instalações, quer em qualidade, quer em espaço para desenvolver o seu trabalho.
Recorde-se que este empenho de Portugal em receber a Agência Europeia do Medicamento resulta da saída do Reino Unido da União Europeia, tendo esta visita do ministro português sido efetuada com o objetivo de assinalar a vontade e o empenho de Portugal em se posicionar numa provável deslocalização deste organismo para outro território da União Europeia, que deverá acontecer provavelmente ainda antes de 2019, altura da saída do Reino Unido da União Europeia.
Para além de Portugal, outros 14 países europeus manifestaram já igual interesse em receber esta agência, que foi fundada para promover a excelência científica na avaliação, supervisão e monitorização da segurança dos medicamentos desenvolvidos por empresas farmacêuticas cuja utilização se destina à União Europeia.
Balcão Único
Nesta visita ao Reino Unido, o ministro da Saúde foi acompanhado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques, que anunciou que o Governo está a pensar criar um mecanismo em que haja “um único balcão” para que as pessoas se possam deslocar e resolver os seus problemas de instalação, acrescentando que este serviço será em tudo “semelhante ao que existe para a Empresa na Hora”, também com o objetivo de “simplificar a vida dos trabalhadores da Agência e das suas famílias”.
Trabalhadores e famílias que encontrarão em Portugal, segundo o titular da pasta da Saúde, “argumentos fortes” para se poderem adaptar com facilidade à vida quotidiana do país, uma vez que vão poder usufruir de um “excelente clima”, de alojamentos com custos muito competitivos a nível europeu, mas ainda de “escolas internacionais e de infraestruturas modernas”, argumentos que se conjugam, segundo o ministro, para proporcionar níveis de qualidade de vida dos mais elevados da Europa.