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Portugal precisa de um Governo que saiba escutar e agir

Portugal precisa de um Governo que saiba escutar e agir

Antecipando um inverno particularmente exigente, o Secretário-Geral do PS alerta para a necessidade urgente de saber “se o Governo tem, ou não, soluções para problemas estruturais onde tem vindo a falhar”, destacando “o caos instalado na gestão da emergência hospitalar” como exemplo mais preocupante.

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José Luís Carneiro apelou esta terça-feira ao primeiro-ministro para que “pare e escute” as propostas e alertas que o Partido Socialista tem vindo a apresentar nas principais áreas onde o executivo da AD “tem falhado consecutivamente”, com vista a “arrepiar caminho” enquanto ainda é tempo.

Sublinhando a urgência de uma “ação governativa responsável” face ao agravamento das dificuldades que o país atravessa, o líder socialista sublinhou que Portugal se prepara para um inverno que “deverá ser muito rigoroso” e, por isso, é fundamental “saber se o Governo tem, ou não, soluções para problemas estruturais que todos os dias evidenciam falhas graves, nomeadamente na gestão da emergência hospitalar”.

Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, à margem da tomada de posse de Ana Abrunhosa como presidente da Câmara Municipal, José Luís Carneiro recordou que o Partido Socialista tem vindo a alertar “com sentido construtivo e responsabilidade” para um conjunto de áreas em que o Governo “tem vindo a falhar”.

“Falhou e tem falhado na saúde, falhou e tem falhado na educação, falhou e tem falhado na habitação e está também a falhar no Plano de Recuperação e Resiliência”, vincou o líder do PS.

Sem entrar em mais considerações sobre a continuidade da atual ministra da Saúde, José Luís Carneiro foi claro ao apontar o chefe do executivo, Luís Montenegro, como o principal responsável pelas respostas — ou ausência delas — face aos desafios do país.

“O primeiro e último responsável do Governo é o primeiro-ministro. E o primeiro-ministro deve parar para pensar, porque há coisas muito graves que se estão a passar”, enfatizou.

Entre as soluções apresentadas pelo Partido Socialista, o Secretário-Geral recordou a proposta de criação de uma unidade de coordenação da emergência hospitalar, uma estrutura que, explicou, permitiria uma resposta mais integrada e eficaz no sistema público de saúde.

“Essa unidade deveria funcionar sob a alçada da Autoridade Nacional de Proteção Civil, tal como acontece em outros países como Espanha, França ou Inglaterra”, assinalou, aproveitando para deixar a pergunta direta a Montenegro: “tem intenção de pôr em prática esta proposta que lhe fiz em julho?”.

Respostas concretas para Saúde e PRR

É que, reforçou: “independentemente da ministra o do ministro que esteja em funções na tutela da Saúde, o que verdadeiramente importa é se o Governo tem ou não tem uma estratégia e um plano de ação assertivos” para estes e outros problemas estruturais.

O líder socialista reafirmou assim, mais uma vez, o compromisso do PS com a estabilidade, a responsabilidade e a busca de soluções concretas para as necessidades das pessoas, sustentando que o país não pode continuar a assistir, impassível, ao “falhanço sucessivo de políticas que deveriam garantir o funcionamento normal dos serviços públicos essenciais”.

Pedindo ainda a Montenegro que “procure aprofundar as alteração ao Plano de Recuperação e Resiliência” (PRR), o líder socialista indicou haver “compromissos com as unidades de cuidados continuados, com as unidades de cuidados paliativos, com a construção de novos centros de saúde e do novo Hospital de Lisboa”, lamentando ter tido conhecimento de que “o alargamento do Hospital de Beja também esta fora das opções políticas do governo”, para, de seguida, deplorar o encerramento do Hospital dos Covões, em Coimbra.

José Luís Carneiro deixou ainda uma nota de preocupação e de exigência ao insistir em que o país precisa de um Governo que saiba “escutar e agir”, não de um Governo que teima em ignorar a realidade.

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