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Portugal pode contribuir para uma Europa mais forte

Portugal pode contribuir para uma Europa mais forte

A candidatura portuguesa à presidência do Eurogrupo tem todas as condições para estabelecer consensos e reunir todos à volta dos desafios que a moeda única europeia enfrenta e das reformas de que precisa, afirmou o primeiro-ministro português, de visita a Abidjan, Costa do Marfim.

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Falando aos jornalistas, à margem da cimeira entre a União Europeia e a União Africana, António Costa fez saber que a “lógica” da candidatura portuguesa passa por “contribuir para o consenso e a reunião de todos”.

“A zona euro sofreu muitas divisões nos últimos anos, entre famílias políticas e de diferentes regiões, e precisamos de uma Europa mais unida e mais forte, e estamos numa posição privilegiada de contribuir para isso”, defendeu Costa, que em dias recentes tem mantido diversos encontros bilaterais com alguns líderes europeus, à margem da cimeira, tentando garantir apoios para a candidatura do ministro das Finanças português.

Nesse sentido, adiantou que “nos contactos prévios estabelecidos, confirmámos que os governos das mais diversas famílias políticas e zonas geográficas da Europa reconhecem na candidatura portuguesa as condições adequadas”.

Refira-se que o Executivo socialista liderado por António Costa apresentou a candidatura de Mário Centeno à presidência do Eurogrupo, juntando-se à ministra letã Reizniece-Ozola, ao eslovaco Peter Kazimir e ao luxemburguês Pierre Gramegna.

Na ocasião, o primeiro-ministro português assegurou que a candidatura de Mário Centeno à presidência do Eurogrupo reúne “um bom lote de apoios e boas condições para apresentar uma postura construtiva para fazer as reformas necessárias na zona euro, completar a união económica e monetária, e que também ajude a ultrapassar divisões do passado”.

“Nesta fase de mudança e construção do futuro da Europa, é possível darmos também dar esse contributo”, salientou.

Questionado sobre o grau de probabilidade da vitória de Mário Centeno na votação do dia 4 de dezembro próximo, Costa gracejou que “prognósticos só se fazem depois da votação”, mas mostrou-se convicto e confiante na candidatura do atual titular da pasta das Finanças português.

“De certeza que é boa para o conjunto da Europa e da zona euro”, concluiu.