Portugal mantém crescimento acima da média europeia
Para o primeiro-ministro é estratégico o investimento no conhecimento como passo “essencial” para aumentar o “valor dos bens e serviços que exportamos”, processo que apesar de ainda não estar “plenamente explorado” e devidamente articulado, como mencionou, é o único que poderá “potenciar o crescimento do país”, sustentando António Costa a este propósito, ser “absolutamente fundamental” que haja uma crescente articulação entre os “centros de saber e conhecimento e as empresas”.
Se queremos ser um país competitivo nas exportações teremos na opinião do chefe do Governo de começar desde já a ser também competitivos a “contratar os melhores talentos, os melhores quadros e os melhores trabalhadores”, defendendo que Portugal tem de continuar a transformar em produtos e serviços o conhecimento que sai das instituições de I&D (Investigação e Desenvolvimento).
António Costa referiu-se depois ao desanimo que se está a apoderar de muita gente em todo o mundo perante o arrefecimento global da economia, onde países como a Alemanha, ao que tudo indica, vão ter um crescimento zero e outros grandes países na Europa e não só, entraram ou correm o risco de entrar em recessão.
Sustentando ser reconfortante saber que Portugal está pelo terceiro ano consecutivo a crescer acima da média da União Europeia, o líder socialista lembrou que 2018 foi o ano em que foram “celebrados mais contratos de investimento desde o início da década” e que só na AICEP “há, neste momento, projetos que poderão representar investimentos de dois mil milhões de euros nos próximos anos”.
Por tudo isto, o primeiro-ministro garante que os dados que apontam para um pequeno abaixamento em 2018 do PIB em relação à meta prevista pelo Executivo “ainda não refletem toda a realidade”, uma vez que não incluem, como salientou, este investimento do grupo DST e muitos outros que estão na calha e prestes a serem aprovados.
Ainda assim, voltou a insistir, Portugal cresceu acima da média da zona euro, recordando que o produto dos países da moeda única aumentou 0,2% no último trimestre do ano passado, em termos nominais, enquanto que a economia portuguesa voltou a posicionar-se acima das economias congéneres da UE ao ter registado uma variação percentual do PIB de 0,4% face aos três meses anteriores e de 1,7% quando comparado com o mesmo trimestre de 2017.
Confiar na trajetória
Por tudo isto o primeiro-ministro referiu que os portugueses têm “boas razões” para confiar que a trajetória de crescimento da economia “não corre o risco de ser interrompida”, garantido que pela parte do Governo tudo está a ser feito para que estas condições possam prosseguir, salientando que em duas décadas o peso das exportações no PIB “subiu de 20 para 44%”, havendo hoje “claras indicações” que apontam para que o peso das exportações no produto possam fixar-se nos 50%.