Portugal já reembolsou ‘tranche’ mais cara do empréstimo
O Governo português pagou esta semana ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a ‘tranche’ mais cara do empréstimo que contraiu em 2011, junto daquela organização internacional, no valor de 831 milhões de euros, tendo o Ministério de Mário Centeno anunciado que este pagamento foi efetuado “antecipadamente”, uma vez que ele correspondia “ao período entre maio e junho de 2021”.
Também o ministro das Finanças, que se encontra em Davos, na Suíça, para participar com o primeiro-ministro, António Costa, e com o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, no Fórum Económico Mundial, se referiu ao assunto, realçando que com o pagamento de mais esta parcela Portugal já liquidou “83% do empréstimo ao FMI”, faltando ainda entregar cerca de 4,53 mil milhões de euros, mas agora, como salientou, a uma taxa de juro “mais reduzida”, que deverá rondar 1%.
O ministro Mário Centeno teve ainda ocasião para recordar que desde que o Governo liderado por António Costa assumiu responsabilidades governativas, em finais de 2015, Portugal, por via dos pagamentos antecipados que tem efetuado ao FMI, já acumulou poupanças diretas em juros que “ascendem a cerca de 864 milhões de euros”.
Um valor total já reembolsado em juros que o ministro Mário Centeno defende que constitui um “marco para a gestão das contas públicas” pós programa de assistência económica e financeira e uma melhoria para a “sustentabilidade da dívida soberana”, garantindo que o Governo continua a equacionar avançar com uma nova autorização para pagamentos antecipados ao FMI.
Portugal no bom caminho
Quem manifestou satisfação pela recuperação da economia portuguesa e pelos sucessos que tem alcançado recentemente, e disso mesmo deu conta ao primeiro-ministro, António Costa, foi a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Chistine Lagarde, que considerou “impressionante” a recuperação da economia portuguesa e a determinação “coletiva do povo português”, encorajando o primeiro-ministro e o ministro das Finanças, que felicitou pela sua eleição para a presidência do Eurogrupo, a prosseguirem este caminho positivo para Portugal”.
Numa nota posteriormente divulgada à comunicação social, que na Suíça está a acompanhar o Fórum Económico Mundial, Christine Lagarde assume que Portugal é um “excelente exemplo” de um país que se “comprometeu a transformar a sua economia” e que hoje, graça a essa sua escolha, “está a colher os benefícios sob a forma de um crescimento renovado, queda do desemprego e acesso sustentado ao mercado”.