Portugal Global e Ativo
Face à crise que a União Europeia enfrenta no acolhimento e colocação dos fluxos de migrantes e refugiados, Portugal propôs-se contribuir para a solução, duplicando em relação às solicitações da UE, o número de pessoas que está disponível para receber no seu território.
Em consonância com essa atitude e perante a pressão insustentável que a fórmula de gestão da crise está a colocar sobre a Grécia, o Primeiro-Ministro António Costa deslocou-se a Atenas para dialogar com o homólogo Grego Alexis Tsipras e afirmar a solidariedade ativa de Portugal na definição de uma solução exequível.
No Parlamento Europeu os Eurodeputados Socialistas têm trabalhado ativamente em propostas concretas para aproveitar a necessidade de responder à crise, propondo um novo impulso nas políticas europeias para o crescimento e o emprego em complemento do reforço da fronteira externa da União e da implementação de um sistema funcional e humanista de acolhimento, registo e colocação dos migrantes e refugiados.
Os factos que enumerei nos parágrafos anteriores, a que poderia juntar muitos outros, assinalam o regresso de Portugal, depois de quatro anos de passividade e humilhação, à primeira linha dos processos de decisão política no plano europeu e global. Sempre fomos cosmopolitas e o nosso peso político sempre suplantou o nosso peso demográfico e económico, auxiliando a garantir a independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo.
O apagão que ocorreu durante a governação de Passos Coelho e o segundo mandato de Cavaco Silva é mais uma razão para saudar com alegria o nosso regresso ao Portugal que fomos e seremos. Ao Portugal que age, que conta e que faz acontecer.