Portugal espera avanço da agenda progressista para a UE
Depois de se congratular com a eleição de Ursula von der Leyen, pelo Parlamento Europeu, com 383 votos a favor, 327 contra, 22 abstenções e um voto nulo, o líder do Governo português manifestou o desejo de “trabalhar de perto” com a nova equipa da Comissão Europeia para ajudar a “implementar uma agenda progressista estratégica para a União Europeia”, pressuposto, como recorda António Costa, com o qual a nova líder da Comissão Europeia se “comprometeu para os próximos cinco anos”.
Uma agenda progressista, como recorda António Costa nesta sua mensagem, que, desde já, deve compreender como “primeiro passo” a “adoção de um orçamento plurianual” que responda às “ambições de uma nova agenda progressista” com respostas às “expectativas dos cidadãos”.
Compromissos no sentido certo
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, manifestou satisfação pelo resultado da votação e pela eleição de Ursula von der Leyen, recordando que os compromissos que a nova líder assumiu “são muito claros e vão todos no sentido certo”.
Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, como ficou claro durante a sua alocução no Parlamento Europeu, a nova presidente da Comissão Europeia compromete-se a defender e a aprofundar não só o Estado de Direito, mas em trabalhar no sentido de complementar a União Económica e Monetária e de criar instrumentos orçamentais para a competitividade e a convergência. Sendo ainda alguém, como salientou Santos Silva, que se compromete, tal como reafirmou perante os parlamentares europeus, a trabalhar por uma Europa que esteja mais atenta às questões das alterações climáticas, da problemática da transição energética ou da descarbonização da economia europeia.
Para o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, os compromissos que a nova líder da Comissão Europeia assumiu enquanto candidata indicam que irá dirigir uma comissão “no sentido que Portugal sempre defendeu”, com “maior integração europeia e maior capacidade da Europa em responder às necessidades dos cidadãos”, assegurando a “prosperidade das economias” e assumindo medidas que vão proporcionar uma “maior convergência económica e social no interior da União Europeia”.
Para além, naturalmente, como destacou ainda Augusto Santos Silva, de ter sido assumido o compromisso de trabalhar no sentido de abrir caminho para que a Europa passe a ter um “maior protagonismo” em relação às principais “agendas do mundo de hoje”.