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Portugal é um exemplo para a Europa

Portugal é um exemplo para a Europa

“Portugal mostra ao resto da Europa como se pode ser responsável com o dinheiro dos contribuintes”, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.

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Portugal é um exemplo para a Europa

“António Costa e o seu governo mostram todos os dias que podem ter um país na Europa mais social”, afirmou comissário europeu, Frans Timmermans, no passado sábado na Convenção Nacional do PS, em Vila Nova de Gaia.

O candidato dos socialistas europeus à presidência da Comissão Europeia salientou que o combate à austeridade em Portugal não foi feito “à custa dos filhos e netos, nem colocando mais um fardo sobre as costas”, pelo que indica o nosso país como um bom exemplo para os restantes países da Europa.

“Portugal mostra ao resto da Europa como se pode ser responsável com o dinheiro dos contribuintes” e, simultaneamente, promover o crescimento económico, criar mais emprego e aumentar os rendimentos das famílias, disse o comissário holandês.

“António e o seu governo mostraram o caminho”, referiu Timmermans.

Para o vice-presidente da Comissão Europeia, António Costa é um “líder patriota, aberto ao resto do mundo e que diz ao seu povo que seja aberto, otimista, respeite as diferenças e seja simpático para com os refugiados que não têm para onde ir”.

Frans Timmermans defende que temos de agir e de “fazer alguma coisa” pela Europa em vários domínios.

“É tempo de pôr fim ao ódio e ao incitamento à violência, de pôr fim à diferença de vencimentos entre homens e mulheres (…), de fazer as grandes multinacionais pagar impostos como todos, de nos comprometermos com uma economia sustentada”, avançou.

Em termos da política externa europeia, o político holandês defende que é fundamental desenvolver uma estratégia europeia para a África, a fim de ajudar este continente e a “criar um mundo com mais justiça”.

Frans Timmermans referiu ainda que é preciso arranjar casas para os jovens europeus “que estão desesperados em encontrar uma em todas as grandes cidades europeias”, acrescentando que a Europa deve promover um combate à exclusão, aos movimentos nacionalistas e ao ódio e dizer “não” a uma nova corrida aos armamentos. “Estas eleições são sobre a alma da Europa”, disse Timmermans.

“Estou orgulhoso de estar aqui, de ser um socialista e do que o Partido Socialista conseguiu nestes últimos anos”, considerando que o PS constitui um motivo de “inspiração pessoal”, concluiu Frans Timmermans.

Mário Centeno realça percurso “inigualável” do país

O ministro das Finanças, Mário Centeno, considerou que o facto de presidir ao Eurogrupo é “também reconhecimento” por parte da Europa pelo “percurso inigualável” que Portugal tem vindo a realizar sob a égide do Governo liderado por António Costa.

“O Governo do PS é obreiro em Portugal desse percurso inigualável na Europa. A presidência do Eurogrupo que hoje exerço é também reconhecimento desse trabalho”, sublinhou o responsável das Finanças no seu discurso sobre o “Futuro da União Económica e Monetária”, que decorreu no âmbito da Convenção Nacional do PS.

Hoje, Portugal pode dizer “com muito orgulho” que lidera a reforma da zona euro, afirmou Centeno, para quem o acordo alcançado em dezembro constitui um passo decisivo para a coesão monetária e contraria a “velha maldição” de que a Europa só avança em tempos de crise.

O governante considera que a criação de um orçamento para a zona Euro – a que chamou “semente de esperança” – é importante para aumentar a convergência entre países, pelo que esta matéria, defende, deve ser debatida no âmbito destas eleições europeias.

“Sabemos que se criarmos um orçamento para a zona euro aumentamos a convergência entre cidadãos e países, por isso, devemos nas próximas eleições europeias lutar por isso mesmo”, referiu o líder do Eurogrupo.

Para Mário Centeno, o futuro de Portugal e da Europa são indissociáveis, sendo que, de acordo com o governante, Portugal se distingue no quadro europeu porque tem um Governo que cumpre, porque regista mais crescimento e porque assumiu e ganhou uma batalha contra o desemprego e a desigualdade.

“Isto só acontece porque viramos a página da crise económica e financeira, não podemos deixar o discurso político para aqueles que apelam ao ressentimento e radicalismo” através de discursos “populistas e das ideias fáceis e miragens inalcançáveis”, alertou Mário Centeno.

Salientando a importância do momento que a Europa vive atualmente, Mário Centeno referiu que na história da Europa poucos períodos houve em que o futuro estivesse nas mãos da cidadania europeia e das suas democracias, como acontece hoje.

A solidariedade, a partilha de sonhos e as conquistas sociais estão na origem da construção Europeia, disse Mário Centeno com uma rosa vermelha na mão, como símbolo do “que aí vem”, aludindo à vitória do PS nas próximas eleições europeias.