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Portugal e o PS na linha da frente do combate pelos valores da Europa

Portugal e o PS na linha da frente do combate pelos valores da Europa

É essencial que se tenha a consciência de que o projeto europeu “está mesmo a ser atacado”, tanto por dentro como de fora, alertou António Costa, em Vila Real, sublinhando que a Europa tem de ser capaz de se defender e afirmar os seus princípios.

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Portugal e o PS na linha da frente do combate pelos valores da Europa

Intervindo em Vila Real, na sexta convenção regional do PS rumo às Europeias de 2019, uma iniciativa que vai culminar numa convenção nacional, em Lisboa, no próximo dia 16 de fevereiro, o Secretário-geral socialista e primeiro-ministro começou por alertar para as dificuldades e para os inúmeros entraves que estão a ser criados por forças contrárias ao avanço do projeto europeu, ataques que, segundo António Costa, tanto surgem de fora como de dentro da União Europeia.

Segundo o líder do PS, trata-se de ataques em si muito diferentes que merecem e exigem também uma leitura diversa, e para os quais os Estados-membros da União Europeia, como sustentou, têm de encontrar respostas unânimes, quer para os que de fora defendem “maior protecionismo”, quer para os de dentro da Europa que “exploram os medos que existem na sociedade” e com isso procuram desenvolver os valores que alguns chamam de populismo, mas que para o líder socialista são os valores defendidos pela extrema-direita que é “racista, xenófoba, isolacionista e nacionalista”, e que quer a todo o custo “reeditar todos os diabos que assolaram a Europa no passado”.

Perante este quadro, a primeira atitude que os europeus têm de assumir, na opinião do Secretário-geral do PS, “é defende-la nos valores da solidariedade”, princípios aos quais, como salientou, “Portugal aderiu”.
Defendê-la, prosseguiu António Costa, “contra os que querem fechar fronteiras para travar as migrações”, mas que, de seguida, caso assumissem o poder, não deixariam igualmente de atacar a liberdade de ensino ou a liberdade de imprensa, porque, acusou, esta é gente que “não respeita a liberdade de pensamento ou a independência do poder judicial”, parecendo desconhecer que um poder judicial independente “é a maior garantia da liberdade e da supremacia do Estado de direito”.

Para o Secretário-geral do PS e primeiro-ministro, não faz, portanto, nenhum sentido que Portugal não esteja hoje, como sempre esteve no passado, na linha da frente na defesa do projeto Europeu, lembrando que a “razão fundamental” pela qual Portugal aderiu à então CEE, em 1 de janeiro de 1986, foi para “consolidar definitivamente a democracia e a liberdade que o 25 de Abril devolveu ao país”.

Construir e escolher um futuro em comum

Quanto às eleições para o Parlamento Europeu, que terão lugar no próximo dia 26 de maio, o líder socialista classificou-as como das mais importantes desde que Portugal aderiu à Europa, lembrando também que vão ser as eleições em que vão votar pela primeira vez os cidadãos que já nasceram no século XXI, o que significa, como referiu, que “as gerações dos dois séculos se juntam para escolher um futuro em comum”.

E é mesmo juntos, defendeu ainda António Costa, que “temos de construir um futuro de solidariedade entre territórios, entre países e continentes”, mas “também entre gerações”, apelando ao voto no PS nas próximas europeias, porque votar no partido que “mais tem defendido a Europa”, salientou, “é estar simultaneamente a defender Portugal”.