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Portugal e Chipre alinhados nos grandes desafios para o futuro da Europa

Portugal e Chipre alinhados nos grandes desafios para o futuro da Europa

Portugal e Chipre estão sintonizados “quanto aos principais desafios” que a União Europeia enfrenta, afirmou o primeiro-ministro esta manhã em Nicósia, onde se encontra para a primeira visita oficial de um governante português àquela ilha do mediterrâneo.

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Portugal e Chipre alinhados nos grandes desafios para o futuro da Europa

Falando aos jornalistas no final do encontro com o Presidente cipriota Nicos Anastasiades, o líder do Executivo português garantiu que existe um “largo consenso” entre ambos os governos sobre os principais desafios que se colocam ao futuro da União Europeia, referindo a propósito matérias como a “regulação dos fluxos migratórios”, o Brexit, a “inserção na economia global” ou o esforço que importa fazer para que a União Europeia lidere o desafio das alterações climáticas.

Para António Costa, o facto de Portugal e Chipre estarem em posições geográficas “bastante afastadas no continente europeu”, não impede, como garantiu, que os dois governos tenham posições muito próximas em relação ao futuro da Europa, designadamente, como aludiu, em áreas que marcam os “grandes desafios” na construção da União Europeia.

Reforço das relações luso-cipriotas

Quanto às relações bilaterais luso-cipriotas, o primeiro-ministro, depois de ouvir o Presidente Nicos Anastasiades classificar Portugal como um “parceiro de confiança” na União Europeia, manifestou o desejo de que haja um aprofundamento das relações entre Portugal e Chipre, em áreas tão importantes como o turismo, a cooperação científica ou a aproximação entre os empresários dos dois países.

Sobre estes três domínios onde as relações bilaterais podem trazer valor acrescentado, António Costa lembrou que o turismo “é uma atividade económica fundamental em ambas as economias”, que a cooperação no domínio científico, “em especial nas ciências do mar”, pode trazer importantes mais-valias aos respetivos setores de ambos os países e que a promoção de uma organização capaz de realizar um fórum de negócios para aproximar empresários dos dois países, é uma tarefa a que importa, desde já, meter ombros, indicando que esta é uma iniciativa que poderá realizar-se ainda este ano em Lisboa.

Aproveitando o encontro do primeiro-ministro português com os jornalistas, o Presidente de Chipre fez questão de classificar “como histórica” a visita de um primeiro-ministro português ao seu país, salientando Nicos Anastasiades que este encontro vem reforçar “um longo passado de amizade”, apontando como áreas prioritárias de uma futura cooperação a “marinha mercante, a energia, a educação e a cultura”.

Costa elogia ação de Guterres pelo esforço de reunificação

Já na parte final das declarações aos jornalistas, ambos os líderes elogiaram o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres pelo contributo que tem dado para uma solução negocial para a reunificação de Chipre, tendo Nicos Anastasiades expressado ao primeiro-ministro português a “mais sincera gratidão” do Governo e do povo do Chipre pelo “importante apoio que tem dado aos nossos esforços no sentido de se chegar a um acordo em linha com as resoluções das Nações Unidas e com a posição formal da União Europeia”.

Palavras que levaram o líder do Governo português a transmitir ao chefe do Estado cipriota a “solidariedade de Portugal” em relação ao desenvolvimento das negociações, garantindo António Costa que Portugal acompanha o esforço que o secretário-geral das Nações Unidas tem desenvolvido “para que este ano de 2019 seja marcante para a evolução destas negociações, a partir dos temas já identificados e dos termos de referência que estão neste momento a ser concluídos”.