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Portugal e Brasil precisam agora de passar das palavras aos atos

Portugal e Brasil precisam agora de passar das palavras aos atos

A boa relação entre o Brasil e Portugal precisa de passar das palavras aos atos, afirmou o primeiro-ministro no encontro que manteve com o governador do estado brasileiro de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

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Portugal e Brasil precisam agora de passar das palavras aos atos

“Há muitos anos que dizemos que o Brasil é nossa porta de entrada para o Mercosul. No Brasil, também dizem que Portugal é uma porta de entrada para a União Europeia, mas as portas só são úteis quando são utilizadas. Acho que é hora de abrirmos estas portas”, sustentou António Costa, que participou num almoço em Belo Horizonte.

Na ocasião, Costa comentou que o sistema de mobilidade urbana baseado no uso de carros elétricos desenvolvido em parceria por instituições de Portugal e Brasil é um exemplo da relação futura que deve ser perseguida pelos dois países.

Mais tarde, num encontro com empresários também na capital de Minas Gerais, o governante português lembrou que Portugal é atualmente o 40.º mercado do Brasil, ocupando o 38.º lugar na lista de seus principais fornecedores. Já o Brasil é o 10.º mercado e o 11.º fornecedor de Portugal.

E, embora as relações económicas entre Brasil e Portugal se tenham intensificado nos últimos anos, “ainda estão muito aquém do que gostaríamos”, defendeu.

Em jeito de balanço desta visita ao Brasil, o primeiro-ministro referiu três momentos importantes.

“O primeiro momento foi a cúpula da CPLP, que marcou o regresso do Brasil à linha de frente da comunidade, com a passagem da presidência do bloco [para o Brasil]. Também foi importante porque aprovámos a estratégia [do bloco] para os próximos 10 anos”, referiu, explicando que os outros dois momentos destacados foram uma série de reuniões bilaterais com representantes do governo federal brasileiro e a parceria com o Estado de Minas Gerais nos projetos do carro elétrico.

A terminar, disse que a cimeira luso-brasileira se traduziu numa vontade reciproca de elevar o patamar de cooperação económica, considerando igualmente importante o contacto com o Governo de Minas Gerais.