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Portugal e Angola mantêm relações “fraternas e de excelência”

Portugal e Angola mantêm relações “fraternas e de excelência”

São “fraternas” e de “excelência” as relações políticas e económicas entre Portugal e Angola, garantiu ontem o primeiro-ministro em Davos, na Suíça, reconhecendo que existe apenas uma única dificuldade por ultrapassar nas relações entre os dois países.

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Portugal e Angola mantêm relações “fraternas e de excelência”

O primeiro-ministro, António Costa, esteve ontem reunido cerca de 40 minutos, à margem da reunião do Fórum Mundial de Davos, com o Presidente de Angola, tendo à saída deste encontro com João Lourenço reafirmado que as relações entre os dois países são “fraternas” e de “excelência”.

Mas apesar das boas relações, António Costa não deixou de reconhecer perante os jornalistas, já à saída do encontro com o líder angolano, encontro que se realizou no hotel em que o líder do Governo português está instalado, que existe uma questão, “e apenas uma só”, nas boas relações entre os dois países, salientando contudo que a sua resolução não depende nem dos poderes políticos de Portugal, nem de Angola, mas das autoridades judiciárias.

António Costa referia-se ao processo judicial da Procuradoria-Geral da República portuguesa que envolve o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, um processo que nesta fase, como recordou o primeiro-ministro português, congela, para já, “as visitas de alto nível” entre os dois países.

Apesar desta circunstância, o primeiro-ministro não quis deixar de referir o clima de grande entendimento que existe entre os dois países, quer a nível económico ou entre as empresas de ambos os países, para além das “excelentes relações culturais” e as que “existem entre os nossos dois povos”.

Relações insubstituíveis

O primeiro-ministro português pegou depois na frase atribuída ao ministro angolano das Relações Exteriores (Negócios Estrangeiros), Manuel Domingos Augusto, segundo o qual “as relações luso-angolanas são insubstituíveis”, para garantir que não só subscreve a tese do governante angolano, como também da parte “dos empresários portugueses, dos professores universitários ou dos escritores” as excelentes relações de Portugal com Angola são para serem “continuadas e estreitadas”, lembrando a propósito António Costa a “intensidade dos investimentos bilaterais” ou o grande “número de voos entre os dois países”.

O chefe do Governo português teve ainda oportunidade, já no final da sua conversa com os jornalistas, muitos deles angolanos, de manifestar a sua satisfação pela “recente evolução”, tanto política, como económica de Angola, e pelo “restabelecimento das condições de confiança” de investimento das empresas portuguesas em Angola.