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Portugal deve olhar para 2021 com a confiança de que dispõe dos instrumentos para responder à crise

Portugal deve olhar para 2021 com a confiança de que dispõe dos instrumentos para responder à crise

O primeiro-ministro mostrou-se hoje persuadido de que Governo e os partidos à esquerda do PS com representação parlamentar vão conseguir encontrar “uma boa solução” para a aprovação do Orçamento do Estado 2021.

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Portugal deve olhar para 2021 com a confiança de que dispõe dos instrumentos para responder à crise

Falando aos jornalistas após ter participado esta manhã na sessão evocativa do centenário do nascimento de Amália Rodrigues no Panteão Nacional, em Lisboa, o primeiro-ministro mostrou-se convicto de que “haverá acordo” para a aprovação do Orçamento do Estado para 2021, lembrando que o Executivo continua a trabalhar com os partidos da esquerda parlamentar.

Segundo o primeiro-ministro, nada indica que não possa haver um acordo que permita a aprovação do OE para 2021, referindo como exemplo o “conjunto de propostas” apresentadas recentemente pelo BE e que António Costa garante que o Governo está a analisar, referindo não ter dúvidas de que, em conjunto com os comunistas e os verdes, “iremos seguramente encontrar uma boa solução para termos um bom orçamento em 2021”.

Um Orçamento do Estado, como alegou António Costa, que não pode nem deve ceder ao facilitismo, mas que, ao invés, seja capaz de responder à prioridade de enfrentar não só a atual crise de saúde pública, mas que reúna igualmente as soluções para ajudar a ultrapassar “a crise económica e social”, que cruza a economia e a sociedade portuguesa, sustentando o primeiro-ministro que Portugal não pode ficar de braços cruzados à espera dos fundos comunitários, porque antes, como salientou, há uma parte significativa das soluções que “depende de nós”.

O primeiro-ministro voltou a referir que o Governo, a exemplo do que já sucede desde 2015, continua a trabalhar com “parceiros” parlamentares à esquerda do PS, para que também em 2021 se encontre um “bom orçamento”, que crie condições para o relançamento da economia e responda “à urgência” de sustentar o rendimento das famílias e que “proteja o emprego e as empresas”, referindo ser essencial que o país não fique “dependente de uma governação aos solavancos”, como seria o caso se eventualmente “tivesse que recorrer a uma gestão a duodécimos”, advogando que o país deve olhar para 2021 “com a confiança de que tem os instrumentos necessários para responder à crise”.

Centenário do nascimento de Amália Rodrigues

O primeiro-ministro marcou presença, esta terça-feira, na cerimónia de homenagem à fadista Amália Rodrigues, no Panteão Nacional, por ocasião das comemorações do centenário do seu nascimento, tendo considerado que a evocação convida à “redescoberta do fado” e a recordar Amália como uma voz que “libertou o país” nos versos que cantou.

“Amália não nasceu num país livre, mas libertou o país nos versos que cantou e nos compositores a que deu voz. Permitiu e permite a redescoberta do fado como algo que está acima de qualquer regime que o procure apropriar”, declarou.

A abertura oficial das comemorações teve lugar em Lisboa, em 1 de julho passado, estendendo-se as celebrações durante o ano de 2021, tendo por base uma programação definida por organismos sob a tutela do Ministério da Cultura e da Câmara Municipal de Lisboa, alargando-se a todo o território nacional e abrangendo também uma dimensão internacional.

Desenvolvida no quadro de uma rede de parcerias envolvendo instituições museológicas, arquivísticas, organismos ligados ao setor audiovisual e autarquias, a iniciativa pretende promover “uma cooperação estratégica de salvaguarda e fruição da memória universal de Amália Rodrigues”.