Por uma União (Europeia) da Proteção Civil
O carater sistémico daquilo que sucedeu implica uma resposta concertada e global, no ordenamento florestal, no combate à desertificação do interior, no reforço da prevenção e na atualização dos dispositivos de proteção e socorro.
O Governo português em forte articulação com a sociedade civil está a por em prática o programa de ação para preparar o País para um “novo normal” decorrente do aumento brutal do risco induzido pelas alterações climáticas.
O esforço coletivo de cada País é fundamental, mas dada a dimensão das catástrofes que se têm verificado por toda a União Europeia (Incêndios, cheias, terramotos e desabamentos de terras entre outras) é fundamental aumentar o nível da resposta, criando um mecanismo europeu de proteção civil permanente.
Jean Claude Juncker explicitou essa necessidade no Plenário de Estrasburgo do Parlamento Europeu e mandatou o Comissário da tutela para elaborar uma proposta. O Conselho, através da Presidência da Estónia, também solicitou à Comissão Europeia uma proposta concreta para dar corpo a esse mecanismo.
Precisamos de uma União da Defesa e de uma União da Segurança, mas também de uma União da Proteção Civil com dispositivos permanentes e especializados, disseminados pelo território da UE. Esta proposta foi apoiada pelos eurodeputados portugueses dos dois maiores grupos políticos e pela grande maioria dos eurodeputados que intervieram no debate sobre o tema realizado no Parlamento Europeu no dia 25 de outubro.
É assim que se deve fazer acontecer mais e melhor Europa, respondendo àquilo que as pessoas precisam e quando precisam, com robustez operacional e solidariedade política.