Pobreza e desigualdade aumentam em Portugal
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento relativo a 2013 do Instituto Nacional de Estatística (INE) revela mais um triste retrato da política de empobrecimento levada a cabo pela coligação de direita nos últimos anos.
O inquérito, realizado anualmente junto das famílias residentes em território nacional, refere que as crianças são o grupo etário em que o risco de pobreza é mais elevado, 25,6% para 19,1% para a população em idade ativa e 15,1% para a população idosa.
A população portuguesa em risco de pobreza não para de aumentar, atingindo 19,5% dos cidadãos, sendo que esta percentagem é 0,7 pontos percentuais superior ao registado em 2012. Em 2010, este valor estava nos 18%.
Destas pessoas, uma em cada cinco encontrava-se também em pobreza em, pelo menos, dois dos três anos anteriores.
Segundo o INE “manteve-se o agravamento da taxa de intensidade da pobreza e uma forte desigualdade na distribuição dos rendimentos”.
O inquérito mostra ainda que o risco de pobreza em 2013 para as pessoas que referiram algum tipo de limitação foi de 21,5%, superior, portanto, ao da população em geral.
Por outro lado, o inquérito revela ainda que as dificuldades financeiras foram a principal razão para a não satisfação dos cuidados de saúde.
Já as famílias constituídas por um adulto com uma ou mais crianças e as famílias com três ou mais adultos com crianças foram as mais afetadas pelo aumento da pobreza.
Aumenta fosso entre ricos e pobres
Por outro lado, o inquérito do INE mostra também que permanece uma forte desigualdade na distribuição de rendimentos entre a população com maiores e menores recursos.
O INE refere ainda que “o rendimento monetário líquido equivalente dos 10% da população com maiores recursos era 11,1 vezes superior ao rendimento monetário líquido equivalente dos 10% da população com menores recursos (10,7 em 2011 e 9,4 em 2010)”.