Plano de recuperação permite acelerar a agenda estratégica do país e das gerações mais jovens
De acordo com o primeiro-ministro e líder socialista, com o apoio agora garantido de que haverá fundos europeus de ajuda às economias dos Estados-membros para que enfrentem a crise económica e social provocada pela pandemia da Covid-19, fica aberta a oportunidade ímpar para que o programa do Governo possa avançar e ser mesmo “acelerado”, agora “com mais meios”, tendo na ocasião António Costa elogiado o pacote financeiro europeu ou ‘bazuca’, como também é por muitos designado, referindo tratar-se de “meios de grande calibre”
Segundo António Costa, o plano de resiliência da UE aprovado em Bruxelas, “focado e ancorado” em dois principais objetivos: a transição digital e a transição climática, vem ao encontro das “prioridades estratégicas” definidas pelos 27 para os próximos quatro anos, mas igualmente já anunciadas internamente, como lembrou, pelo Executivo do PS “ainda antes do princípio da crise”.
Num congresso nacional totalmente digital, devido às restrições causadas pela pandemia, e que elegeu Miguel Costa Matos como novo líder da JS, António Costa fez questão de salientar a simbologia que representou esta reunião magna dos jovens socialistas por se ter realizado em formato digital, o que veio reforçar, como referiu, “que a democracia não está suspensa”, voltando a mencionar os “dias difíceis” que o país tem vivido nos últimos meses por causa da crise pandémica e garantindo que agora, desbloqueados os apoios comunitários, é possível começar a olhar para as prioridades definidas pelo Governo e pelo PS em relação aos jovens, como a “habitação e o trabalho digno, justamente remunerado e não a prazo”.
Ainda segundo António Costa, com a aprovação do plano de resiliência da União Europeia vai ser possível adotar de forma mais acelerada já em 2021 algumas das medidas aprovadas pelo Governo, como a “redução do período de garantia para o subsídio de desemprego ou a sua prorrogação por mais seis meses”, recordando que o “túnel tenebroso” que o país e os portugueses tiveram de atravessar nos últimos meses começa a dar sinais de que está prestes a terminar graças “à ciência e às vacinas”, permitindo que “uma a uma” as prioridades e as políticas definidas pelo Governo possam começar a ser concretizadas.
Lembrando que antes da pandemia o país estava “no caminho certo”, António Costa sublinhou haver agora, com a oportunidade aberta pelos novos fundos comunitários, toda a premência em retomar esse percurso, com os olhos postos no combate “às alterações climáticas, na defesa do equilíbrio demográfico, na transição digital e na luta contra as desigualdades”, sendo estas, em sua opinião, “as verdadeiras razões de ser do socialismo democrático”.