No Theatro Circo bracarense, onde o Secretário-Geral socialista terminou o oitavo dia de campanha, o cabeça de lista do PS pelo distrito sustentou que “uma democracia qualificada, uma cidadania exigente, impõem padrões éticos acima da média”, sublinhando que tais valores são os que estão agora a ser defendidos pelos socialistas na contenda eleitoral em curso.
E esses valores, frisou, “são mesmo a antecâmara de tudo e de todas as outras conquistas”.
Afirmando desejar que o líder do PS “continue a ser esse referencial na defesa dessa integridade e desses valores”, José Luís Carneiro descreveu Pedro Nuno Santos como “aquele que é, legitimamente, o nosso porta-estandarte nestes valores para que eles voltem a imperar na República Portuguesa, ao serviço do Governo, ao serviço de toda a sociedade portuguesa”.
Durante a sua intervenção, o candidato do PS pelo círculo de Braga nas Legislativas de 18 de maio disse haver “um objetivo fundamental que deve mobilizar todos”.
“É o termos consciência coletiva de que hoje a extrema-direita está articulada em termos globais para atacar as democracias e as conquistas do Estado de direito liberal e democrático”, alertou.
Com os governos do PS a Segurança Social está “mais forte do que nunca”
Ainda no comício de Braga, José António Vieira da Silva acusou a AD de ser traiçoeira no assunto das nas pensões “como o escorpião foi com o sapo” na conhecida fábula de Esopo.
O ex-ministro do PS deixou vários alertas quanto à Segurança Social, recordando as posições assumidas desde sempre pela direita nesta matéria e avisando que, “para se reconciliar com os pensionistas, Montenegro vai precisar muito mais do que esses apoios do mês de setembro”.
“Era preciso provarem que já não são os mesmos, mas são”, criticou, avisando que, se a AD voltar a ganhar, haverá “outra reforma para cortar na Segurança Social”.
Ainda a propósito da “tão famosa reconciliação com os pensionistas”, o antigo governante socialista referiu que, em 2014, o executivo PSD/CDS de Passos Coelho e Luís Montenegro “enviou para o Tribunal Constitucional uma proposta” que “cortava cerca de 400 milhões nas pensões em pagamento”.
“Depois de terem cortado pensões, subsídios de férias e de Natal, de terem aumentado as contribuições, propunham-se a aumentar os cortes”, deplorou, referindo que o Tribunal Constitucional chumbou esta propostas, mas que o PSD insistiu e “enviou para Bruxelas um documento a dizer que continuava a ser necessário esse corte”.
“O sistema de Segurança Social está hoje, depois dos governos do PS, mais forte do que nunca”, contrapôs, defendendo ser preciso dar uma vitória eleitoral à candidatura liderada por Pedro Nuno Santos.
“Votar no PS que é, antes de qualquer outro e mais do que qualquer outro, o partido do povo português, de Mário Soares e um partido que, ao contrário, de outros, nunca se engana nos adversários”, rematou.