Adiada durante meses por causa da pandemia, a iniciativa teve por objetivo consolidar a posição política defendida pelo S&D, em linha com a posição oficial da União Europeia, no sentido de contribuir para uma solução do conflito, com particular atenção para a questão do desbloqueio do financiamento de ajuda da UE à Palestina.
Do extenso programa da agenda, que incluiu visitas a vários pontos do território, encontros com representantes de organismos oficiais e da sociedade civil, e reuniões com altos responsáveis governamentais, destaque, no primeiro dia da visita, para a audiência com o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestiniana, Mohammad Shtayyeh, em Ramallah, território onde a delegação teve também oportunidade de manter um encontro com o irmão da jornalista da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, morta recentemente quando fazia a cobertura do conflito.
Depois de uma vista no terreno a Hebron, na Cisjordânia, a delegação socialista e democrata europeia deslocou-se a Jerusalém, onde, entre outros pontos de agenda, manteve reuniões com os ministros do Governo de Israel, Nitzan Horowitz, líder do Meretz, e Merav Michaeli, líder do Partido Trabalhista, partidos “irmãos” do S&D.
Entre as questões abordadas nestes dois encontros de alto nível, estive a preocupante situação relacionada com a demolição de habitações na comunidade de Massafer Yata, o que fez disparar a conflitualidade e o número de desalojados palestinianos.
Frisando que só “uma solução de dois Estados” – Israel e Palestina – permitirá a paz na região, o parlamentar português apontou que a mensagem deixada pelos socialistas e democratas “foi clara”: “queremos uma solução de paz, com respeito pela integridade territorial e pelas liberdades democráticas”.
Na visita, que decorreu entre os dias 13 e 16 de junho, Pedro Marques esteve acompanhado pela presidente do Grupo S&D, Iratxe García Pérez, e pelos deputados Evin Incir e Elena Yoncheva, vice-presidentes das delegações do Parlamento Europeu para as relações com a Palestina e Israel, respetivamente.