PE aprova prioridade a Portugal. PSD votou contra
Tendo em conta a queda do investimento, em alguns casos de 20%, a Comissão Europeia apresentou a criação do FEIE, também conhecido como “Fundo Juncker”, para combater as divergências criadas pela crise e viabilizar investimentos de caráter estratégico, através do financiamento de projetos em áreas como infraestruturas de transportes, banda larga, inovação e investigação, equipamentos sociais, energias renováveis, eficiência energética ou educação e ambiente.
Maria João Rodrigues, porta-voz do Grupo socialista na comissão EMPL, apresentou um conjunto de propostas que defendem que os critérios de seleção de projetos para viabilizar a mobilização do Fundo de Investimento devem dar especial atenção à criação de emprego e a projetos provenientes de países como Portugal. A deputada socialista conseguiu aprovar uma proposta que defende que “o FEIE deverá prestar especial atenção aos projetos dos Estados-membros e das regiões que continuam a ser mais afetados pela crise, com vista à redução das discrepâncias, particularmente no que diz respeito aos níveis de emprego e desemprego. A necessidade de gerar novos empregos de qualidade em quantidades adequadas deve ser especificamente abordada numa estratégia europeia de investimento para a qual o FEIE teria de contribuir”.
Socialistas lamentam posição do PSD
Os socialistas sublinham a “importância do voto para Portugal” e lamentam que “o PSD no Parlamento Europeu não tenha apoiado propostas que defendem o interesse nacional”. Segundo Maria João Rodrigues, “as divergências entre Estados membros foram acentuadas também pela crise, portanto, para além dos Fundos Estruturais e de Coesão, precisamos de um instrumento de peso que dê resposta ao défice de investimento e de emprego nos países mais afetados, esta intenção foi, aliás, confirmada pelo próprio Presidente Juncker quando apresentou o plano de investimento ao PE em novembro de 2014”.
Para além disso, os socialistas conseguiram aprovar uma proposta inovadora para que o Fundo apoie o desenvolvimento de “plataformas de investimento geográficas e temáticas” com o objetivo de juntar investidores, autoridades públicas, peritos, instituições de ensino, formação e investigação, a fim de promover a inovação, o desenvolvimento de competências e a criação de empregos de qualidade”.