“Este é o nosso tempo. Este é o momento da mudança”, disse o presidente do PS/Madeira, no encerramento do XXII Congresso Regional do Partido, este domingo, salientando que “a Madeira precisa de um novo começo” e que a mudança está nas mãos de cada um.
Paulo Cafôfo afirmou que, mais do que nunca, a mudança de Governo na Região é possível, mas salientou que essa é uma responsabilidade que não é apenas sua ou do PS, mas sim de todos os madeirenses e porto-santenses. “A mudança começa na nossa cabeça, nas decisões que tomamos, nas escolhas que estou certo que farão, para que nada continue igual”, declarou, vincando que “só dando força ao PS e votando no PS poderemos sair desta instabilidade e avançar”.
Cafôfo referiu que não há que ter medo de mudar e que uma mudança política representa “uma oportunidade para a renovação, para a adaptação e para a evolução”, sublinhando que, com o PS, “não haverá uma revolução, mas uma evolução que a todos beneficiará”. “Uma mudança política possibilita corrigir falhas, distribuir de forma mais justa a riqueza gerada na economia e assegurar direitos de acesso à habitação, à saúde e a uma velhice digna”, adiantou, apontando que o sistema político, com um partido a governar há quase 50 anos, “tornou-se obsoleto e ineficaz ao longo deste tempo todo”. “Uma mudança política pode ser o impulso necessário para se resolver problemas e fazer diferente e resultar em políticas que beneficiem todos e não só alguns privilegiados”, reforçou.
O presidente do PS/Madeira e candidato às eleições legislativas de 23 de março preconiza a mudança como um meio para ter um novo governo que saiba cuidar das pessoas, que faça e que resolva os problemas de cada um dos madeirenses e porto-santenses. “Governar é servir, é cuidar, é colocar gente que faz pela Madeira no centro das decisões. É ter respostas para os jovens que querem oportunidades, para os mais velhos que trabalharam toda uma vida e merecem uma reforma melhor, para os pais que desejam dar a melhor educação aos seus filhos, para uma classe média que paga impostos e quer ter acesso à saúde e à habitação, para uma administração pública que anseia ser valorizada e respeitada, e para os trabalhadores que exigem que o crescimento económico signifique mais dinheiro nos seus bolsos”, disse.
Habitação, Saúde, Jovens e Idosos
Apesar de a Madeira ter cada vez mais habitação, Paulo Cafôfo constatou que os madeirenses (em particular os jovens e a classe média) têm cada vez mais dificuldade em ter uma casa, razão pela qual esta será uma das grandes prioridades de um executivo socialista. Nesse sentido, estabeleceu o compromisso de nos primeiros 90 dias de Governo elaborar um plano integrado de acesso à habitação, com apoios à recuperação de casas degradadas, apoio reforçado ao arrendamento, incentivos às cooperativas de habitação e construção de nova habitação pública. Neste campo, destacou o programa ‘Primeira Chave’, para apoiar a compra da primeira habitação, ao abrigo da modalidade de renda resolúvel, a qual será calculada conforme os rendimentos das famílias, sendo abatida, numa espécie de empréstimo, para a compra da casa.
A reestruturação do Serviço Regional de Saúde, para assegurar o acesso, sem dificuldades, a cuidados de qualidade, será outra realidade com um Governo do PS, que garante a criação de um Plano Regional de Saúde 2025-2030, com metas específicas, avaliação de impacto e transparência nos dados de gestão. Paulo Cafôfo aponta à redução das listas de espera, com programas de recuperação para cirurgias, consultas e exames, contratação de mais enfermeiros e médicos, e o robustecimento dos cuidados primários. Por outro lado, pretende transformar o hospital Dr. Nélio Mendonça num hospital secundário e de reabilitação, vocacionado para os Cuidados Continuados, a Unidade do Doente Frágil e a Medicina Paliativa, assim como a conversão dos hospitais dos Marmeleiros e Dr. João de Almada em estruturas residenciais para idosos, contribuindo para dar resposta à grande procura existente e para ajudar a solucionar as situações de altas problemáticas. “A saúde não pode ser um privilégio para alguns, tem de ser um direito garantido para todos e será com um governo do PS”, assegurou.
Os jovens e os idosos mereceram a atenção particular do líder socialista da Região, que garantiu, para os primeiros, creches gratuitas para todas as crianças e o fim das propinas para os estudantes madeirenses que frequentam o ensino superior, e, para os segundos, o aumento do Complemento Regional para Idosos para 1.800 euros por ano.
Reforçando que estamos a um mês de poder definir uma nova história para a Madeira, e assumindo o compromisso com a estabilidade que a Região precisa, Paulo Cafôfo deixou um repto aos partidos políticos representados no congresso socialista, dizendo que têm também a “responsabilidade de, desta vez, não optarem pela solução de um governo liderado pelo PSD, mas juntarmo-nos para um governo onde todos nós possamos ser a esperança de todo um povo”.
Paulo Cafôfo agradeceu ainda a vinda à Região do Secretário-Geral do PS salientando que, “ao contrário do outro líder nacional [Luís Montenegro], que tem vergonha de cá vir”, Pedro Nuno Santos fez questão de estar na Madeira e manifestar o seu apoio aos madeirenses.
