Passos Coelho impôs sofrimento desnecessário às famílias
Numa entrevista concedida à RTP 1, no espaço televisivo “Especial Informação”, António Costa lembrou que o aumento brutal da carga fiscal, os cortes nas pensões e nos vencimentos dos funcionários públicos só aconteceram como aconteceram porque Passos Coelho gostou tanto do programa da troica que foi muito para além dele.
Para o futuro, apontou o líder socialista, Passos Coelho apresenta mais do mesmo: “Um novo corte nas pensões de 600 milhões de euros, resolver a frustração que já revelou levar deste governo ao não ter conseguido reduzir suficientemente os custos do trabalho, apesar de termos mais de 20% dos nossos trabalhadores a ganhar o salário mínimo”, e finalmente, “a nova aposta que é ir além da troica agora também na privatização dos serviços públicos”.
Por sua vez, clarificou o líder socialista, o PS apresenta como alternativa estudada e de confiança “um modelo de desenvolvimento assente no conhecimento”.
“É urgente relançar a economia, devolvendo às famílias os seus rendimentos”, defendeu António Costa, para de seguida reiterar a expressa convicção de que “o Estado Social é um pilar fundamental numa sociedade”.
Preconizando que “é preciso acabar em Portugal com a guerra sobre as obras públicas”, o Secretário-geral do PS falou da necessidade prevista no Programa de Governo socialista de alinhar os projetos nacionais com o ciclo de programação dos fundos comunitários”, concentrando-nos em preparar o próximo quadro de financiamento comunitário que se inicia em 2020.
No panorama interno, António Costa não deixou de apontar que “este será o primeiro Governo que vai deixar o país com um Produto Interno Bruto inferior ao que recebeu” e que o Partido Socialista é “o único que se apresenta nesta campanha eleitoral com as contas feitas”.
Referindo que “é preciso não nos deixarmos iludir pelos números” que a direita gosta de citar, António Costa esclareceu ainda que a Grécia, Espanha e Irlanda cresceram mais do que Portugal apesar da crise.
“Quem nunca acertou nas contas foi o atual Governo”, lembrou o líder socialista, que não reconhece a Passos Coelho o direito de dar lições em matéria de boa gestão da coisa pública.
Nesta entrevista foram abordados temas tão diversos como o “choque de gestão” que António Costa advogou necessário na Justiça, na Escola e no Serviço Nacional de Saúde, a questão europeia, tratado orçamental e o caso grego, a renovação das listas que o PS apresenta a votação e a situação dos refugiados na Europa, entre outros.
Veja a entrevista na íntegra aqui.