Passos Coelho mandou “às urtigas” promessas de 2011
Para o dirigente socialista e líder da bancada na Assembleia Legislativa da Madeira, “existe uma diferença profunda” entre as promessas que Passos Coelho fez em 2011 aos portugueses e a realidade quotidiana com que hoje se confrontam.
O deputado socialista madeirense recordou que, depois de quatro anos de governação do PSD/CDS, os portugueses “acabaram por ter tudo ao contrário”, com a austeridade imposta a “ir muito além do acordo estabelecido com a troica”, para lá do enorme agravamento da carga fiscal e da dívida.
Carlos Pereira considerou ainda que Passos Coelho e Paulo Portas, nas suas recentes visitas à Madeira, apenas “revelaram o seu melhor lado artístico”.
O dirigente do PS insular argumentou que o primeiro-ministro “aterrou na Madeira”, por ocasião da reentré da festa do Chão da Lagoa, apenas para lembrar a herança da dívida portuguesa, esquecendo-se de que o fazia “precisamente na zona do país onde existe o maior e mais descarado aumento da dívida e onde foi aplicado o maior nível de austeridade”.
Carlos Pereira criticou ainda o que classificou de “teoria de agachamento” do presidente do PSD/Madeira, mostrando-se preocupado com o facto de as várias medidas anunciadas pelo atual Governo regional, como o regime da mobilidade que estabelece nas viagens áreas um teto máximo de 85 euros para residentes e de 65 euros para estudantes, “ainda não estarem concretizadas”.
Lamentou por isso que, passados quatro anos, o modelo ainda não tenha avançado, acusando o executivo madeirense de ter feito as negociações deste dossiê de “olhos fechados”, não deixando, contudo, de defender que “é preciso ter fé” que os 11 milhões afetos à continuidade territorial sejam suficientes para este apoio nas viagens.