Passos Coelho devia pedir desculpa aos portugueses
Apesar de todos os esforços por parte do PS e de todas as bancadas da oposição, Passos Coelho, mais uma vez, foi incapaz de explicar ao detalhe como é que pagou à Segurança Social, quanto ficou a dever e por que razão não pagou os juros entre 2012 e 2015.
Para o líder parlamentar socialista, Passos Coelho “fez mal” em não ter começado por “aproveitar este momento para pedir desculpa a Portugal e aos seus eleitores”, lembrando que a questão das dívidas de Passos Coelho à Segurança Social não é “uma questão pessoal não é um caso, mas uma questão política”.
Para o líder da bancada do PS, é estranho como é que um primeiro-ministro que sabe em 2012, um ano depois de estar no Governo, que tem dívidas e não procura regularizar a questão. É por isso, disse, que esta é uma questão política e não pessoal.
É político, desde logo, porque um primeiro-ministro que sabe que tem dívidas à Segurança Social e não procura imediatamente “regularizar a situação”, sabendo que este caso o “atinge enquanto primeiro-ministro e não quando era um trabalhador independente”.
Mas também é político pelas “variadas e controversas” justificações que Passos Coelho deu a propósito da sua situação em relação à Segurança Social, lamentando a posição que tanto o Presidente da República como o ministro da Solidariedade, Mota Soares, assumiram neste caso.
Para Ferro Rodrigues, com amigos e apoiantes destes, “o primeiro-ministro Passos Coelho não precisa de adversários”.
Finamente, o líder da bancada do PS lembrou as palavras de Passos Coelho, quando no Congresso do PSD, em 2014, defendeu que “temos que acabar com estas injustiças”, referindo-se a quem não declarava as suas atividades ao fisco e à Segurança Social.