Paris vai receber o primeiro “espaço do cidadão”
António Costa fez este anúncio no palco da festa portuguesa da Rádio Alfa, que juntou milhares de pessoas, nos arredores de Paris, onde estiveram também o Presidente da República, o ministro da Defesa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, e deputados eleitos pela emigração.
“No próximo dia 18, eu e o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas teremos a oportunidade de inaugurar aqui em Paris o primeiro espaço do cidadão, onde será possível tratar diretamente com mais de oito entidades diferentes em Portugal”, disse.
O primeiro-ministro comunicou ainda aos emigrantes e lusodescendentes que durante esta visita a Paris o Presidente francês, François Hollande, “teve a oportunidade de dizer que considera prioritário investir no ensino da língua portuguesa”, considerando-a “uma língua global”, e não apenas para os portugueses. “E isso é um passo de gigante para o ensino do português aqui em França”, acrescentou.
À margem do encontro com a comunidade portuguesa, o primeiro-ministro fez “um balanço francamente positivo” das celebrações do Dia de Portugal em Paris e destacou o compromisso do Presidente francês sobre o ensino do português, considerando que é uma oportunidade para muitos professores.
Reforço da cooperação
Questionado sobre a posição da França em relação à candidatura de António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro sublinhou que “a França tem uma posição especial, visto que é um dos membros permanentes do Conselho de Segurança”, acrescentando que “a França tem expresso, aliás, já anteriormente através do ministro dos Negócios Estrangeiros, palavras de encorajamento à candidatura do engenheiro António Guterres”.
António Costa realçou ainda o bom momento das relações entre os dois países, que disse estarem “num momento crucial”.
Neste quadro, o primeiro-ministro apontou a visita do Presidente francês, François Hollande, a Portugal prevista para o final de julho a Lisboa como “uma grande oportunidade” para o reforço da cooperação económica e da “visão comum da Europa” entre os dois países.
“Por isso, eu faço um balanço francamente positivo, quer do nosso relacionamento com as comunidades, quer do que isto perspetiva de reforço das relações com a França”, sublinhou.