País tem dado saltos muito positivos a favor dos trabalhadores
Segundo a parlamentar do PS, com este Governo “temos dado saltos muito positivos a favor dos trabalhadores deste país e do desenvolvimento de Portugal”, saltos estes dados com o apoio dos partidos da esquerda.
Socialistas recusam ir a reboque
No entanto, o Grupo Parlamentar do PS não irá “a reboque da agenda dos outros partidos”, garantiu a vice-presidente da Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social. “Não desvalorizamos a função legislativa do Parlamento, mas também não desvalorizamos outros instrumentos ao nosso dispor”, como a concertação social, frisou a socialista. “Pensamos que é um desperdício não aproveitar as virtualidades da concertação social”, acrescentou.
Wanda Guimarães criticou os sociais-democratas por falarem “tão empolgantemente” da concertação social durante o debate, tendo, porém, se esquecido desta quando foram Governo. “Impuseram as 35 horas, tiraram os feriados, cortaram pensões, cortaram salários”, recordou.
O Partido Socialista, que, ao contrário dos partidos da oposição, tem “moral político para falar da concertação social”, quer discutir matérias como a organização do tempo de trabalho, mas irá fazê-lo com os parceiros sociais, sublinhou. “É extremamente prejudicial para os direitos dos trabalhadores e para a própria harmonia das relações de trabalho fazer do Código de Trabalho uma espécie de manta de retalhos”, alertou.
PS rejeita legislação “à pressa”
Relativamente à questão da adaptabilidade e do banco de horas individuais, Wanda Guimarães recordou que a revogação faz parte do programa do Governo do PS. No entanto, no dia 23 deste mês a concertação social vai discutir este assunto, “portanto parece-nos completamente extemporâneo fazermos uma legislação à pressa” sem ouvir os parceiros sociais, defendeu.
O Partido Socialista também acredita que “é completamente errado achar que o princípio de tratamento mais favorável bloqueia a negociação coletiva”. Segundo Wanda Guimarães, “permite outro tipo de avanços na negociação coletiva e que a convenção seja globalmente mais favorável”.
A deputada do PS terminou a intervenção com a garantia de que o partido não permite que “a caducidade seja uma espécie de arma de arremesso dos patrões”.