OS PARTIDOS E O “DIGITAL”
Um olhar sobre as ferramentas que cada um utiliza, para se relacionar com os portugueses, leva a pensar que estas estruturas ainda não incorporaram o mundo virtual, não se conformam com equipas permanentes de pesquisa, não se reinventaram no uso da comunicação social.
Os portais dos partidos são de primeira geração. Alguns deles são de uma pobreza constrangedora, sem acessibilidade amigável, sem bilateralidade na comunicação. Outros, um pouco mais elaborados, quedam-se na disponibilidade financeira inicial destinada à construção dos suportes, mas não sabem gerir as redes de forma composta e com sentido político.
O PSD assumiu a iniciativa de criar um canal de “imagem”. Acontece que esse canal se transformou num sub-recurso do Youtube, negando o que deveria ser o seu principal papel de difusor das matérias em primeira mão.
A relação entre os grupos parlamentares, as estruturas descentralizadas e os utilizadores é de uma provação estranha. Quer as linhas gráficas se não entendem, quer a formulação da pesquisa se transforma em martírio.
Os partidos políticos ainda não assumiram a informação ao minuto. Por isso, só se constata a existência de aplicações para smartphones e tablets em campanha que logo se extinguem em momentos pós-eleitorais. E o mesmo se refere à gestão das redes sociais pelos principais protagonistas políticos, veículos necessários a uma agenda democrática online.
Uma passagem pelas caixas de correio dos partidos diz-nos que a resposta automática funciona, mas, neste tempo, já não chega. Cada cidadão obriga a uma explicação individual, fundamentada e esclarecedora. O mesmo se verifica com os números verdes de cada partido, onde o atendimento é péssimo e a refutação fiável não se constata.
Está claro que os partidos se confrontam com as suas parcas circunstâncias financeiras. Mas não se constata uma preocupação com a mudança em muitas pequenas coisas que fariam a diferença.
Acontece que no meio de todo este panorama há uma estrela que brilha e se afirma a cada dia. Trata-se do Acção Socialista, versão digital e diária.
O órgão oficial do PS é único na península ibérica, assume ser a base credível das posições do partido, reforça a informação entre políticos e cidadãos, conforta-nos com informação customizada, criteriosa.
Mas o AS é ainda o repositório fiável da nossa história. Com um clique é possível assumir uma linha de rumo de cada direção política, constatar as mudanças e inovações, afirmar novos protagonistas que não são, ainda, parte das reduzidas linhas de comentadores da comunicação social de massas.
O Partido Socialista, com uma equipa pequena e assumindo gastos muito reduzidos, colocou-se na frente avançada da nova prática política. O Acção Socialista é uma marca com significativo valor de mercado.