Orçamento traz reforço de verbas para consolidar aposta na Ciência
O titular da pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior esteve esta manhã na Assembleia da República a discutir na especialidade a proposta de Orçamento do Estado para 2020, tendo Manuel Heitor defendido que este “é claramente o melhor orçamento dos últimos anos” para as áreas que tutela.
Um dos vários exemplos que o governante adiantou em defesa da proposta do Executivo, passa, como salientou, pelo facto de continuar a haver uma decidida aposta na Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), uma decisão que o ministro classifica como coerente, lembrando que representa uma expressa “continuidade das políticas iniciadas na anterior legislatura”.
O titular da pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior referiu-se ainda à evolução futura da investigação e da ciência em Portugal, recordando o caminho entretanto percorrido e os êxitos já alcançados, admitindo, contudo, que muito há ainda a fazer em prol do desenvolvimento e da qualidade da investigação. Da parte do Governo do PS, garantiu, existe a forte convicção de querer “fazer mais e de dar mais aos jovens”, com o objetivo claro de chegar a 2030 “com o nosso país, também nestas áreas, completamente integrado na Europa”.
Porque “não há conhecimento sem ciência”, o ministro fez questão de salientar a importância do contínuo investimento público na Fundação para a Ciência e Tecnologia, cuja execução, como referiu, atingiu um “novo máximo” de 510 milhões de euros em 2019, tendo na altura significado, como salientou, um “crescimento de cerca de 33% desde 2015”.
Manuel Heitor salientou ainda que este crescimento vai continuar a assentar a sua política, preferencialmente, na qualificação e emprego dos recursos humanos qualificados, assim como na “valorização da ciência e da tecnologia”, escorando esta sua posição com o facto, que considerou muito positivo, de nos últimos quatro anos se ter assistido a um aumento exponencial da atribuição do número de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento “apoiadas diretamente pela FCT”, com os dados a indicarem que se passou de 971 em 2015 para cerca de 1.700 em 2019. Ainda segundo Manuel Heitor, está previsto que este número possa aumentar e chegar às 1.950 bolsas até 2023.