Orçamento ratifica a inação do governo da direita
“Voltou o CDS lúdico e sem um pingo de responsabilidade e respeito pelos portugueses”, começou por dizer num tom duro, afirmando que “este não é um orçamento do partido Socialista, é um orçamento da inação da direita portuguesa e, infelizmente, é o último orçamento retificativo do vosso governo”.
João Galamba respondia à intervenção do deputado do CDS, segundo o qual tinha sido um rodapé da TVI que tinha originado o problema, sublinhando que “o problema começou no momento em que os senhores injetaram dinheiro num banco falido, ocultando isso dos portugueses e do parlamento português até à solução encontrada pelo atual Governo”.
“O Banif tinha ordens de liquidação para esta segunda-feira e era preciso agir”, afirmou, lembrando as declarações do deputado centrista durante a audição de ontem do Ministro das Finanças a sugerir que o melhor era ir aos depósitos acima de 100 mil euros e sublinhando que isso causaria um “enorme prejuízo nas regiões autónomas da Madeira e Açores, bem como nas poupanças dos emigrantes”.
A esse propósito, João Galamba leu também uma intervenção do eurodeputado do CDS Nuno Melo sobre depósitos acima de 100 mil euros de milionários russos em Chipre, onde se terá mostrado preocupado pela “enorme quebra de confiança no setor bancário” que tal implicaria.
“Está preocupado com milionários russos num paraíso fiscal? Então e os Açores e Madeira? E os emigrantes portugueses, já não interessam ao CDS?”, questionou João Galamba, acusando o CDS de duplicidade e ser não só o partido do ex-defensor do contribuinte mas agora também “o partido do milionário russo”.