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OE2020 é “de esquerda” e mantém Portugal num caminho de estabilidade e crescimento

OE2020 é “de esquerda” e mantém Portugal num caminho de estabilidade e crescimento

A proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo para 2020 é assumidamente de esquerda, garante Mário Centeno que lembra tratar-se de um documento que “aumenta todas as prestações sociais”, conclui o processo de descongelamento das carreiras da administração pública e, sobretudo, “recusa aventureirismos”.

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OE2020 é “de esquerda” e mantém Portugal num caminho de estabilidade e crescimento

Num encontro com militantes do PS, ontem ao final da tarde, na sede nacional, em Lisboa, Mário Centeno iniciou a sua intervenção recusando as críticas que apontam a proposta de OE2020 de estar apenas focada em agradar a Bruxelas, avaliação que o ministro das Finanças contesta, garantindo tratar-se antes de um documento que mantém uma orientação assumidamente de “esquerda”, com o aumento das prestações sociais ou com o descongelamento das carreiras da administração pública, “sinalizando carências e investindo nas remunerações”, lembrando tratar-se de um orçamento que tal como os quatro anteriores recusa “aventureirismo”.

Perante uma sala cheia de militantes e simpatizantes socialistas, o ministro das Finanças não teve dúvidas em classificar o OE2020 como um “orçamento de esquerda”, sustentando que só a esquerda é que propõe orçamentos que melhoram todas as prestações sociais, como são os casos do abono de família, do complemento solidário para idosos, do rendimento social de inclusão ou dos apoios à paternidade e maternidade, entre outros, garantindo que o Governo do PS olha para a “dimensão social da política do Estado de forma muito séria”.

Trata-se, segundo o ministro Mário Centeno, de um OE que vem acrescentar ainda mais estabilidade política e económica a Portugal, um crédito de que o país já beneficia há quatro anos, como assinalou, onde predominam valores tão importantes como o “equilíbrio e o rigor das contas, a estabilidade económica e o apoio às empresas, às famílias e ao emprego”.

O ministro lembrou ainda o “gigantesco esforço” financeiro que este orçamento enfrenta ao avançar, por exemplo, com a terceira fase do descongelamento das carreiras dos funcionários públicos que estiveram congeladas 11 anos, algo que “poucos em 2016 achavam que seria possível levar até ao fim”, ou com a transferência de mais de 941 milhões de euros para o SNS, números que vão permitir, como garantiu, que num espaço de sete anos Portugal “quase duplique o valor do investimento público”.

Responsabilidade e ambição

Segundo o ministro das Finanças, este orçamento, a exemplo dos anteriores, é responsável, porque “não dá nenhum passo maior do que a perna”, aliás na linha, como salientou, do que tem sido a prática quotidiana do Governo do PS de “não prometer aquilo que não pode cumprir”, assumindo que “ambição e desejo todos temos muito, mas temos de saber como podemos e o que podemos fazer”, mostrando-se convicto de que a proposta apresentada pelo executivo socialista “projeta o futuro de Portugal”, também porque “conserva a trajetória da dívida pública a cair”.

Este é hoje, aliás, segundo Mário Centeno, um dado claramente evidente e que acontece “pela primeira vez nas últimas seis décadas”, reafirmando o titular da pasta das Finanças que a dívida pública em Portugal cai em percentagem do produto há três anos consecutivos, facto que situa o país, como referiu, “longe dos países com dívidas mais elevadas” e junto a outros com dívidas “consideradas intermédias” como a Bélgica, Espanha ou França, defendendo que este OE2020 mantém Portugal “num caminho de estabilidade e de crescimento sem aventureirismos”.