OE2018 disponibiliza 670 milhões para reconstrução, prevenção e combate aos incêndios
Falando no final da cerimónia de assinatura do protocolo que instituiu uma linha de crédito de apoio às empresas afetadas pelos incêndios de 15 de outubro, o primeiro-ministro lembrou que destes 670 milhões de euros, que o OE2018 vai disponibilizar para a reforma florestal e reconstrução do país, 370 milhões “já constavam na proposta inicial”, sendo que outros 300 milhões de euros, como garantiu, “serão apresentados na fase de especialidade”, verba que possibilitará, como realçou, responder ao esforço e aos desafios que estão colocados no horizonte em consequência dos recentes fogos florestais.
Esta é uma verba, segundo ainda o primeiro-ministro, que vai a médio prazo ajudar a responder às necessidades de habitação e de reanimação da atividade económica, permitindo “revitalizar o interior”, designadamente através de uma aposta forte no “ordenamento da floresta”, enquanto no horizonte do longo prazo vai criar as necessárias condições para que o país possa “entender e enfrentar melhor os desafios das alterações climáticas”.
O país está a recuperar
Mais tarde, o primeiro-ministro, numa visita que efetuou a uma unidade industrial de Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, mostrou-se impressionado com a capacidade de “resistência e de reconstrução” demostradas pelos empresários afetados pelos incêndios de 15 de outubro, manifestando satisfação por muitas das unidades fabris destruídas terem já retomado a sua laboração, integrando a maior parte dos seus trabalhadores.
O chefe do Governo congratulou-se ainda com o papel desempenhado pelos autarcas em todo este processo que, “ajudados pelos mecanismos de apoio que foram sendo construídos”, como acentuou, estão a conseguir reconstruir muitas das casas e habitações particulares destruídas, o que na opinião de António Costa tem sido um elemento fundamental para que haja uma crescente mobilização da população e dos empresários para a necessária reconstrução do país.
Na perspetiva do primeiro-ministro, o que os portugueses querem e desejam do Governo é que esteja “concentrado no essencial”, sendo que o essencial, como realçou, passa pela “reconstrução do que foi destruído” e pela “reposição da capacidade construtiva” das empresas dos postos de trabalho, garantindo que o Governo tem estado a trabalhar “desde a primeira hora” com os autarcas e as comissões de coordenação regional, não só no combate aos incêndios “como na reconstrução”, que só está a ser possível, como sustentou, porque “foram tomadas atempadamente medidas que estão no terreno”.
Responsabilidade social da banca
Quanto ao papel da banca em todo este processo, o primeiro-ministro enfatizou a relevância da sua responsabilidade social, lembrando a propósito que além de ter disponibilizado uma linha de crédito de apoio à tesouraria e ao fundo de maneio das empresas afetadas pelos incêndios de 15 de outubro, no valor de 100 milhões de euros, e cujo protocolo foi ontem assinado, negociou também com os seus clientes “condições especiais” para a manutenção das suas atividades.