O trabalho do Governo tem sido feito com rigor e bom senso
Para o ministro da Saúde, ao contrário de um certo “clima de alarmismo artificial” a esmagadora maioria dos serviços hospitalares estão a funcionais dentro da maior normalidade, não se tendo verificado, até agora, como referiu, quaisquer sobressaltos significativos, designadamente, como consequência da alteração do horário de trabalho dos profissionais de saúde, para as 35 horas semanais.
Os hospitais, garantiu o ministro, que falava aos jornalistas no final de uma conferência da indústria farmacêutica, que ontem teve lugar em Lisboa, encontram-se a funcionar normalmente sem que sejam conhecidos especiais sobressaltos, enquanto decorrem, em simultâneo, como referiu, as contratações de novos profissionais de saúde, tendo já sido colocados cerca de 1600 até ao final do passado mês de maio, “já a pensar na passagem às 35 horas de trabalho semanal”, sendo que neste momento decorre um novo processo de recrutamento para a contratação de cerca de mais dois mil profissionais adicionais, processo que “já foi autorizado”.
Com efeito, como aludiu o ministro da Saúde, até à passada terça-feira, estavam já autorizadas 1300 das duas mil candidaturas, garantindo que durante esta semana serão as restantes, recordando ainda que todos os hospitais “têm bolsas de recrutamento” que podem ativar.
Segundo Adalberto Campos Fernandes, em Portugal existem mais de 50 hospitais e Unidades Locais de Saúde, sendo que até agora, como salientou, apenas se verificaram alguns problemas “numa ou noutra unidade”, garantindo que o sistema está preparado para responder nas instituições onde possa ter havido “uma menor aferição do planeamento” corrigindo o que houver para corrigir, voltando a reafirmar que a “esmagadora maioria das situações está a correr normalmente”.
Quando à crítica se o planeamento das novas contratações de profissionais de saúde não deveria ter sido mais cedo, Adalberto Campos Fernandes, garantiu que o processo foi preparado “nos mesmos termos” do de 2016, aquando da “primeira passagem das 40 para as 35 horas”, negando que tivesse havido “qualquer atraso”, pelo que em sua opinião, não se justifica que “alguns poucos”, insistam em criar um “um clima de alarmismo artificial”.
Para o ministro Adalberto Campos Fernandes, o Governo também neste campo tem sabido manter o equilíbrio entre a funcionalidade dos hospitais e das várias Unidades Locais de Saúde, e os novos recrutamentos, processo que está a fazer “com grande rigor”, em conjunto com os hospitais, recomendando aos mais críticos o necessário “bom senso”, e lembrando-lhes que não se pode fazer tudo ao mesmo tempo, nem “satisfazer tudo o que é a consideração ideal das necessidades”.