O rigor será a marca da governação do PS
Ao lado dos ex-Presidentes da República, Mário Soares e Jorge Sampaio, do presidente do PS, Carlos César, do líder parlamentar, Ferro Rodrigues e do presidente honorário Almeida Santos, António Costa afirmou que o rigor será “a marca da governação do PS” sabendo criar um novo clima de diálogo através da “mobilização da concertação social e da existência de compromissos políticos positivos”.
“Nenhum português será chamado a votar sem conhecer não só as propostas do PS, como o seu impacto financeiro e económico”.
Insurgiu-se contra aqueles que “tal como em 1975”, negavam a existência de uma alternativa política para o país, afirmando pretender fazer das próximas eleições “uma grande festa da democracia”, deixando um veemente apelo à participação dos eleitores nas legislativas.
Para António Costa, “ninguém nos verá numa postura idêntica à do atual primeiro-ministro”, que tem feito tudo e o contrário do que prometeu aos portugueses em 2011.
O líder socialista disse ser “um mito” a ideia de que o primeiro-ministro gere bem as finanças públicas, acusando-o de ter aumentado a dívida e por isso, de não ter “autoridade política para fazer desafios ao PS”.
O primeiro-ministro, disse o Secretário-geral do PS, “gosta de alimentar o mito de que gere bem, mas gere mal, porque ao longo dos últimos quatro anos não conseguiu controlar ou reduzir a dívida. Pelo contrário, aumentou-a”.
“A grande diferença entre mim e Pedro Passos Coelho” disse ainda António Costa, é que a “dívida que herdei na Câmara Municipal de Lisboa, reduzi-a em 40 por cento, enquanto a dívida que ele teve de gerir aumentou-a em 18 por cento”.
Justificando a necessidade de mudar de políticas e de Governo, António Costa acusou ainda Passos Coelho de estar a criar mais problemas ao país do que a resolver seja o que for, colocando em curso uma política contrária aos interesses de todas as gerações, com cortes nas pensões e nos salários, mais sobretaxa de IRS, aumentando o desemprego para níveis nunca vistos no Portugal democrático, obrigando os jovens mais qualificados a emigrarem, com cortes inadmissíveis nos subsídios sociais e aumentando o número de crianças em risco de pobreza.
Perante este cenário, o líder socialista não tem dúvida de que “isto não é solução”.
A festa da democracia no Porto representou para o secretário-geral do PS mais um “grande sinal” da vitalidade e de força dos socialistas e a demonstração de como estão a encarar os desafios eleitorais que se avizinham”.
O PS foi e é decisivo em Portugal “para manter a liberdade e a democracia, para aprofundar a integração europeia, para o Serviço Nacional de Saúde, para o complemento solidário para idosos, para o desenvolvimento do pré-escolar ou para a ciência”, disse ainda o líder socialista.