“O que está à nossa frente é trabalho concreto”
Carlos César anunciou também que, apesar do luto nacional de três dias, a Assembleia da República “funcionará como se nada se tivesse passado”. No entendimento do Partido Socialista, seria “razoável e adequado que o Parlamento, um órgão de soberania, desse um sinal ao país do seu respeito pelo período de recolhimento que vivemos, de luto, e que adaptasse o seu funcionamento e a sua ordem de trabalhos à contenção que se exige”, explicou o líder parlamentar do PS.
“Não foi essa a nossa opinião, mas a nossa obrigação é de trabalhar, sendo certo que nesta ocasião, para além da tristeza que evidentemente sentimos face a tudo o que aconteceu, é necessária uma reflexão forte e conclusiva”, apontou.
Carlos César defendeu que o “país necessita de um debate vigoroso sobre estas matérias, mas sobretudo um debate que nos permita tirar conclusões e avançarmos na concretização de reformas e na adoção de medidas que minimizem situações semelhantes no futuro”.
Segundo o também presidente do PS, é necessária uma “reforma significativa do nosso sistema de Proteção Civil, que não tem respondido com a prontidão, com a capacidade de avaliação e com a capacidade operacional que é necessária”.
“Da parte do Partido Socialista, confiamos que esse espírito reformista esteja presente nas conclusões do Conselho de Ministros do próximo sábado e esperamos que os portugueses reconheçam nessas medidas um caminho novo que é preciso fazer no âmbito do nosso sistema de Proteção Civil”, afirmou.
“A Proteção Civil é um sistema de grande transversalidade, de grande corresponsabilidade social e económica e, portanto, é preciso fazer bem mais do que se tem feito nestas últimas décadas e aprender com sucessivos ciclos de incidentes”, alertou Carlos César.