home

“O Partido Socialista é a grande alternativa política ao Governo”

“O Partido Socialista é a grande alternativa política ao Governo”

Em entrevista ao canal NOW, José Luís Carneiro afirma o PS como força política mobilizadora, com propostas concretas e uma oposição firme, mas construtiva, num momento em que Portugal atravessa desafios significativos em diversas frentes.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

Na conversa que manteve, ontem, com a jornalista Patrícia Matos, o líder do PS enfatizou referiu concentrado nas próximas eleições autárquicas, que considera determinantes para servir melhor o país, porque “os problemas que mais preocupam os cidadãos, como salários, creches, habitação, saúde e mobilidade, têm resposta, em grande parte, através das políticas locais”.

Na ocasião, o Secretário-Geral socialista garantiu que o partido continua apostado em apresentar alternativas construtivas e preparado para assumir “um papel de liderança política em Portugal”.

“O Partido Socialista é a grande alternativa política ao Governo”, enfatizou José Luís Carneiro, acrescentando que “outros têm aspirações ao desempenho destas funções, mas não têm quadros, não têm preparação, não têm experiência para poderem ter responsabilidades nesta fase da nossa história”.

Adiantando que o PS apresentará em breve as suas “grandes opções políticas” para as áreas de soberania, o Secretário-Geral avançou também uma visão estratégica socialista para o desenvolvimento económico e social do país.

A economia, disse José Luís Carneiro, “precisa de manter a rota de crescimento” definida pela anterior governação socialista e permanecer “acima da média europeia”, uma ambição que exige uma aposta clara na inovação e na incorporação de “recursos do território na base produtiva nacional”.

“Só é possível mantermos a nossa economia a crescer se formos capazes de dar um choque de tecnologia e de incorporação de inovação e desenvolvimento no tecido das nossas empresas”, reforçou.

Descoordenação do Governo na saúde é “inaceitável”

Esta entrevista ficou também marcada por duras críticas ao Governo da AD, especialmente no setor da saúde, com o líder socialista a exigir “uma decisão rápida” sobre se a ministra da tutela vai ou não ser mantida no cargo.

Neste ponto, José Luís Carneiro declarou ter pedido explicações urgentes ao primeiro-ministro sobre a crise no Instituto Nacional de Emergência Médica – INEM e a falta de resposta em várias especialidades hospitalares na região de Lisboa e Vale do Tejo.

“É grave e inaceitável o que se está a passar. Pessoas a perderem a sua vida, bebés a perderem a sua vida por falta de uma resposta do Serviço Nacional de Saúde”, deplorou, responsabilizando politicamente Luís Montenegro.

Na mesma linha, evidenciou “falhas graves” de coordenação dentro do próprio executivo, sublinhando ser “incompreensível que num mesmo governo haja uma clara descoordenação na forma como se responde a uma das situações de maior dificuldade que o país está a passar”.

Migrações devem ser reguladas na origem e tratadas no acolhimento

No campo da imigração, o líder socialista assinalou o recuo do Governo como um “passo positivo”, lembrando que o PS se opôs, desde o primeiro momento, a propostas que lesam a Lei Fundamental e os compromissos internacionais de Portugal.

“O que estava em cima da mesa violava a Constituição, violava convenções internacionais e ofende uma relação histórica de Portugal com os países africanos de língua oficial portuguesa”, frisou, defendendo uma política migratória “mais segura e estruturada”, baseada em reforço consular e acordos bilaterais que impeçam o tráfico de seres humanos.

Depois, José Luís Carneiro reforçou que o PS será uma oposição atenta e orientada pelos seus princípios.

“Estaremos contra tudo aquilo que coloca em causa os nossos valores”, precisou, para de seguida deixar claramente expresso o posicionamento socialista face à tentativa de revisão de áreas sensíveis pelo Governo.

“Seremos uma oposição muito firme em relação a estas matérias”, assegurou, numa referência direta às questões da saúde, ao papel da escola pública e ao financiamento do ensino superior, setores que alertou estarem “em risco” com o rumo que o atual executivo pretende seguir.

Todavia, manifestou “abertura ao diálogo institucional”, assegurando haver disponibilidade da parte dos socialistas “para amplos consensos democráticos, nomeadamente nas funções de soberania”.

E adiantou estar ainda disponível para colaborar em questões relativas à reforma do Estado, reivindicando mais transparência e exigência no recrutamento para cargos públicos.

“Disse ao próprio Governo que estávamos disponíveis para […] evitar que hoje estejamos com uma crise de credibilidade, nomeadamente em relação ao modo como a própria CRESAP faz o recrutamento”, pontualizou.

ARTIGOS RELACIONADOS