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“O papel do Estado é dar oportunidade às pessoas, mais oportunidades para cada um realize o …

“O papel do Estado é dar oportunidade às pessoas, mais oportunidades para cada um realize o …

José Sócrates, apelou hoje à afirmação e ao reconhecimento social dos cursos profissionais, considerando que a sua desvalorização no passado foi um “erro”.

“O meu mais importante apelo é à afirmação e ao reconhecimento destes cursos profissionais, ao reconhecimento social, eu quero valorizá-los, porque isso é importante para o nosso país e o facto de os termos desvalorizado no passado constituiu um erro para o nosso país, para o nosso sistema educativo”, afirmou José Sócrates, no final de uma visita à escola secundária Gago Coutinho, em Alverca.
Recordando que só agora Portugal cumpre as recomendações das organizações internacionais de ter 50 por cento de oferta de cursos profissionais e 50 por cento de oferta de prosseguimento de estudos, José Sócrates lamentou a desqualificação de que o ensino profissional foi alvo.
“Durante anos a fio nós desqualificámos o ensino profissional, nós menorizámos socialmente o ensino profissional”, insistiu, sustentando que os cursos profissionais vieram revitalizar a escola pública, atrair mais alunos e melhorar os indicadores de abandono e de insucesso escolar.
Concretizando o ‘salto’ dado nos últimos anos, José Sócrates recordou que em 2004/2005 existiam apenas 36 mil alunos nos cursos profissionais, enquanto em 2010/2011 prevê-se que esse número seja já de 124 mil.
“Ao longo dos anos o ensino profissional foi melhorando e afirmando-se”, sublinhou, reiterando a importância dos cursos profissionais para a economia.
Por outro lado, lembrou também o primeiro ministro, segundo um relatório da OCDE pela primeira vez Portugal atingiu a média dos outros países que integram aquela organização em termos de alunos matriculados no ensino secundário entre os 15 e os 19 anos.
“Entre os 15 e os 19 anos, 81 por cento estão matriculados no ensino secundário, nunca tanto jovens estudaram no ensino secundário no nosso país”, notou, apontando o número de anos no ensino profissional como o “segredo” para a concretização deste objetivo.
Contudo, referiu, “a aspiração é ter todos os jovens a estudar no ensino secundário”.
“O que nós queremos é que isso funcione como uma habilitação mínima”, frisou.
Na sua intervenção, José Sócrates voltou ainda a falar do papel do Estado, considerando que “não é tratar da vida das pessoas, não é dizer o que é que as pessoas devem ou devem fazer” ou “compensar as pessoas por o que elas não fazem”.
“O papel do Estado é dar oportunidade às pessoas, mais oportunidades para cada um realize o seu potencial”, disse, recusando o “elitismo” na educação e defendendo “igualdade para todos”.