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O país não suporta mais programas sem contas feitas

O país não suporta mais programas sem contas feitas

O Secretário-geral do PS, António Costa, defendeu hoje que o país não aguenta mais a "frustração" de compromissos eleitorais que manifestamente não são possíveis de cumprir.

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O país não suporta mais programas sem contas feitas

Nesta fase da vida nacional, defendeu o líder socialista, não é aceitável apresentar um programa sem apresentar contas, defendendo a ideia de que “só é possível comparar programas políticos caso também seja possível comparar a sua exequibilidade”

António Costa falava num almoço promovido pelo Fórum de Administradores de Empresas, que contou com a presença, entre muitas outras personalidades, dos antigos ministros do PSD Luís Filipe Pereira, Mira Amaral e João Salgueiro, numa intervenção em que o líder do PS começou por criticar o programa eleitoral da coligação PSD/CDS advogando que “o exercício de prudência” carateriza o programa socialista.

O líder socialista, que nesta iniciativa se fez acompanhar pelos economistas e candidatos a deputados pelo PS, Mário Centeno, Manuel Caldeira Cabral e Eurico Brilhante Dias, advertiu que o país, na atual conjuntura, e na fase de depressão em que se encontra, “não suporta mais a frustração cíclica de programas eleitorais depois não cumpridos”.

PS apresentou programa exequível e prudente

António Costa insistiu na tese que ontem já tinha defendido de que nesta fase da vida nacional, “não é possível anunciar um programa sem apresentar contas”, lembrando que no caso das propostas do PS, apesar do trabalho ter sido duro e de os socialistas terem sido criticados durante muito tempo por não fazermos promessas, “não deixámos de as apresentar em devido tempo”, designadamente com um cenário macroeconómico, onde ficaram plasmados nesse estudo o impacto e a exequibilidade de cada medida que propomos”.

“Foi um exercício considerado prudente”, acrescentou o Secretário-geral do PS, e “até mais prudente do que o programa de estabilidade apresentado pelo Governo”.

No seu discurso, o secretário-geral do PS defendeu a ideia de que “só é possível comparar programas políticos caso também seja possível comparar a sua exequibilidade” e procurou desmentir a ideia de que as medidas propostas pelos socialistas se caraterizem pela aventura ou pelo risco, até porque o “exercício desenvolvido já foi sujeito a debate público” e a sua credibilidade “não foi colocada em causa”, prevendo uma trajetória de “diminuição de défice e da dívida, por forma a chegarmos a 2019 com um défice de 1,4% e com uma dívida 12 pontos percentuais abaixo da atual”.