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O país exige consensos para reconstruir e concretizar reformas

O país exige consensos para reconstruir e concretizar reformas

O deputado do PS Jorge Lacão considerou hoje, no Parlamento, durante a apreciação do relatório da comissão técnica independente de análise aos fogos florestais, que se vive um momento que exige dos responsáveis políticos “humildade para reconhecer o que falhou e determinação para dar respostas aos problemas que drasticamente se agravam, como as alterações climáticas, as situações de seca extrema, o persistente desordenamento florestal e o despovoamento do mundo rural”.

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O país exige consensos para reconstruir e concretizar reformas

Jorge Lacão assumiu que “o choque emocional perante a dor pela perda de vidas humanas e a gravidade da devastação” impõe o dever de “unir esforços na concretização de um revigorado programa nacional de ordenamento da floresta, de prevenção e combate aos incêndios, de proteção das pessoas e bens”.

“Este tem agora de ser o tempo para reconstruir”, alertou o parlamentar, defendendo que este esforço tem de ser “o mais consensual possível”. Para isso, o relatório da comissão técnica independente “é um elemento decisivo”, afirmou.

Jorge Lacão explicou que face à “assertividade” das conclusões do relatório, que teve o total empenho do Partido Socialista dado “o seu perfil de isenção partidária”, o tempo que se segue “não é mais para eternizar querelas, mas para unir esforços e concretizar as recomendações que foram solicitadas e entretanto apresentadas, com independência e fundamentação técnica e científica”.

O deputado do PS lembrou ainda que “das propostas constantes do relatório, já o Governo retirou um programa vasto e exigente de medidas”. Assim, segundo o parlamentar, é necessário um “apoio ativo ao Governo no cumprimento do exigente programa que desde Pedrógão se propôs e cujos resultados, no apoio às vítimas, já estão a ver-se no terreno”.

Também o deputado José Miguel Medeiros recordou que o “Governo esteve desde a primeira hora no terreno, tomou medidas e concedeu apoios concretos às populações afetadas”.

“O primeiro-ministro comprometeu-se, desde logo, a desencadear em paralelo com a reforma florestal então já em marcha, um processo de reformas nos setores da proteção e socorro, do combate aos incêndios e da forma de articular a prevenção estrutural com a prevenção operacional e a resposta operacional às catástrofes”, sublinhou José Miguel Medeiros.