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“O Governo está determinado em usar todos os meios que tiver ao seu alcance para alcançar …

“O Governo está determinado em usar todos os meios que tiver ao seu alcance para alcançar …

José Sócrates explicou ao Wall Street Journal e ao New York Times que as medidas de austeridade anunciadas têm como objectivo acabar com as dúvidas dos mercados sobre a capacidade de Portugal corrigir o défice.

Em entrevista ao New York Times, José Sócrates considera que os mercados financeiros foram “muito injustos” para Portugal por não terem reconhecido a descida do défice e pressionado o país a dotar mais medidas de austeridade do que o Governo pretendia.
“Se não tivéssemos uma crise da dívida soberana na Europa, podíamos ter reduzido o défice mais lentamente e isso seria muito melhor para a nossa economia”, disse José Sócrates.
O primeiro- ministro adiantou que “o esforço que será necessário no próximo ano vai ser muito grande” e que “teria preferido fazê-lo em dois ou três anos” mas era preciso “livrar [Portugal] destas suspeitas do mercado”.
A entrevista foi dada um dia depois de terem sido anunciadas as medidas de austeridade “para garantir aos mercados que Portugal conseguirá cortar o défice de 9,3 por cento do PIB em 2009 para 7,3 por cento este ano e 4,6 por cento em 2011”.
Questionado sobre as razões do Governo não ter tentado descer os salários mais cedo, Sócrates disse que “é muito fácil ser um observador sentado” e que sentiu “nestes últimos meses que os mercados estavam a penalizar Portugal por não ter tomado medidas como os espanhóis, os gregos e os irlandeses tomaram ao cortar salários”.
Na mesma linha, o primeiro ministro justificou ao Wall Street Journal, citado pela Dow Jones, que as novas medidas de austeridade pretendem “acabar com as incertezas em relação ao país” e garantiu que os objectivos para o défice para 2010 e 2011 serão atingidos.
“O Governo está absolutamente determinado em usar todos os meios que tiver ao seu alcance para alcançar os objectivos orçamentais”, sublinhou José Sócrates.