Compromisso do PS é com políticas de criação de emprego
Em declarações aos jornalistas, em Viana do Castelo, onde assistiu às festas da Agonia, António Costa explicou: “Eu não prometo 207 mil postos de trabalho, eu comprometo-me é com um conjunto de medidas de política que, tendo como prioridade a criação de emprego, tem, no estudo técnico que as suportam, uma estimativa, um conjunto de resultados”.
Recorde-se que o líder socialista apresentou recentemente os cálculos finais do Programa Eleitoral do PS, ocasião em que foi referido que o conjunto das medidas a implementar pelo futuro governo beneficiariam o contexto nacional para a criação de 207 mil empregos, o alívio da dívida até 118% e do défice até 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos quatro anos.
O líder do PS, esclarece, pois, que não prometeu criar 207 mil postos de trabalho, mas também deixou claro que o partido “não se limita” a ter “um programa com compromissos eleitorais”.
“O PS fez um estudo técnico sobre os impactos financeiros das medidas constantes do programa eleitoral”, insistiu, garantido ainda que “tudo o que prometemos tem viabilidade orçamental e cabe nas metas acordadas com a União Europeia”.
“Com o programa do PS não há nem risco de rutura com o euro nem há a fatalidade da impossibilidade de virar a austeridade”, acrescentou o secretário-geral socialista.
Por outro lado, António Costa adiantou que para que os eleitores possam, no próximo dia 4 de outubro, “escolher bem, com confiança, é fundamental, que ninguém tenha cartas escondidas nas mangas”.
Referindo-se a uma entrevista ao “Jornal de Negócios” do coordenador do programa económico do PSD/CDS, Pedro Reis, o secretário-geral do PS disse que “o principal responsável da elaboração do programa da direita vem dizer que não tem que apresentar contas”.
“Ele não quer apresentar as contas. Quer esconder as contas aos portugueses. Quer que os portugueses não saibam aquilo que, efetivamente, se comprometem a fazer”, apontou António Costa.