"Nunca vi um pessimista criar um único posto de trabalho"
José Sócrates acusou, em Barcelos, durante um almoço de empresários da região do Cávado, os partidos da oposição de esquerda de apostarem no “radicalismo e nacionalizações ruinosas” e os de direita na “descrença e no pessimismo”, defendendo que Portugal precisa de “responsabilidade e propostas políticas com pés assentes na terra”.
O secretário-geral socialista considerou que a proposta da esquerda de nacionalização da banca, dos seguros e da energia, a par com o ataque aos benefícios fiscais da classe média, na saúde e na educação significaria que “o país ficaria muito pior”.
Quanto às forças políticas de direita, José Sócrates defendeu que a agenda económica do PS propõe medidas de resposta à crise, “mas num caminho de modernidade”, apresentando “mais apoio às exportações e à internacionalização de empresas, e a continuação da política de energias alternativas, de forma a reduzir a dependência face ao exterior”.
O líder socialista acrescentou que Portugal “deve apostar na melhoria das ligações ao centro da Europa, através das redes de banda larga de telecomunicações, e da melhoria de infra-estruturas, com investimento em portos, rodovias, estruturas aeroportuárias”, frisando que não quer “que Portugal fique fora da rede de alta velocidade europeia”.
José Sócrates lembrou que nas próximas eleições está em causa a diferença entre a confiança e a descrença, entre aqueles que nada querem fazer, baixando os braços, e os que se apresentam ao eleitorado com “determinação e confiança no futuro”, pois nunca viu “um pessimista criar um único posto de trabalho”.