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Novos casos de contágio não estão associados aos transportes públicos

Novos casos de contágio não estão associados aos transportes públicos

Nenhum dado indica que os transportes públicos estejam na origem de novos casos de infeção na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), garantiu no Parlamento a ministra da Saúde, Marta Temido.

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Novos casos de contágio não estão associados aos transportes públicos

Falando na comissão parlamentar de Saúde, onde foi ouvida na quarta-feira, a ministra Marta Temido foi perentória ao afirmar que, com base em todos os dados conhecidos, não há, até ao momento, nenhum que aponte qualquer indicio de contágio que tenha origem nos transportes públicos, o que não invalida, como também referiu perante os deputados, que os transportes públicos, “pela sua sobrelotação” e espaço, recomendem a quem os utiliza que deva “estar atento e manter todas as cautelas”.

Não escondendo que a região de LVT atravessa um momento delicado no que respeita à situação epidemiológica, um cenário que segundo a ministra pode residir num conjunto alargado de causas e de razões, como, por exemplo, em função de “condições de vida distintas” ou na forma como as pessoas de movem numa zona de alta densidade populacional e de contactos, a governante advertiu que este é um fenómeno de difícil controlo, também sentido noutros países.

Reforço de médicos de saúde pública

Uma das novidades ontem anunciadas pela ministra, refere-se à entrada a “tempo completo” de mais de 30 médicos de saúde pública para “reforçar as equipas” que estão a assegurar os inquéritos epidemiológicos na área de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, assegurando ainda que até à passada terça-feira à noite, “não havia testes epidemiológicos em atraso em Lisboa”.

Quando aos futuros concursos para médicos de saúde pública, Marta Temido reconheceu que tem havido uma “certa assimetria” que tem agora que ser corrigida, uma vez que na região de LVT estes especialistas representam “apenas 28% do todo nacional”, voltando a recordar e a sublinhar que “existe uma obrigatoriedade” para que as pessoas que vivem nas áreas mais afetadas pela pandemia “respeitem as ordens de confinamento”.